Mauro Beting
Se sou o Flamengo, também foco mais a Sul-Americana e o Fla-Flu de quarta-feira, do que dou a devida bola ao clássico contra o ameaçado São Paulo pelo BR-17, no “neutro” Pacaembu. Se sou Rueda, que respeito e admiro, começo o jogo na área de Sidão. Pelo nada que jogou o Tricolor no Rio justo contra o Flu. Por tudo que não vem acontecendo com o pior São Paulo que já vi.
Mas Rueda resolveu não apostar no atleta rubro-negro que, quando entrou já com a casa caída pela justa vitória tricolor, foi dos poucos a dar sangue. Paquetá ao menos corria. Algo que pouco se viu no Flamengo mal bolado na prancheta e piorado em campo. Nosso André Rocha, no UOL, tentou explicar o que tentou fazer ou desfazer Rueda. Uma espécie de 4-4-2-0. Quem sabe 4-2-2-2. Para não dizer um teorema como Rueda não conseguiu demonstrar. Sem atacante nato, fixo ou qualquer coisa, levantando bolas a esmo para ninguém chegar, menos do mesmo. Um Flamengo inerte e inerme. De velho.
Contra um São Paulo vibrante como não foi no Maracanã. Como foi poucas vezes no Morumbi. Como deverá ser para escapar da Segundona dos infernos. Ainda não voltou o campeão. Mas teve traços de um time mais ajustado. Laterais erraram menos. Arboleda e Rodrigo Caio voltaram a ter atuação compatível ao nível deles. Sidão foi muito bem. Jucilei fez o jogo que dele se espera. Petros deu um pé. Hernanes, a cabeça do segundo gol e a regência geral. Pratto, o braço do primeiro gol no chute torto de Réver que, por isso, para mim, não teria tempo para meter a mão na bola o artilheiro. Eu daria o gol. Como dou parabéns a Cueva pela movimentação atrás dos volantes rubro-negros, pela agilidade de Marcos Guilherme pela esquerda, por uma boa partida do time de Dorival Júnior.
Baita resultado. Situação menos intranquila. Mas ainda tem chão para o São Paulo. Pés no piso são essenciais. Como um divã para o Flamengo que segue sem se acertar mesmo com o melhor elenco do país do meio pra frente.