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Mauro Horita/Estadão Conteúdo
Mesmo sem jogar, Lugano foi figura importante na recuperação do SP neste Brasileiro
O são-paulino tem motivo para respirar mais aliviado. Depois de quebrar o recorde negativo de 13 rodadas na zona do rebaixamento, o Tricolor deixou as últimas colocações do Campeonato Brasileiro com a vitória sobre o Sport por 1 a 0, no último domingo (1). Nem todo mundo sabe, mas a melhora de rendimento do time e as quatro partidas de invencibilidade estão diretamente ligadas a um pacto selado no CT da Barra Funda.
Com Lugano como um dos líderes, comissão técnica, jogadores e até funcionários resolveram se fechar. Tal processo foi costurado há quase um mês, na semana do dia 11 de setembro. Na ocasião, os atletas se reuniram para lavar a roupa suja e colocar as diferenças de lado. Também foi feito um pedido para que a equipe tivesse mais privacidade, com a intenção de que informações não vazassem e polêmicas não fossem criadas.
Com tal postura, discussões como a troca de farpas em público entre Cueva e Rodrigo Caio deixaram de figurar no noticiário. O time, por sua vez, conseguiu se esquivar de questões políticas como a entrevista concedida pelo presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, ao blog “Chuteira FC”, em que analisou jogadores e criticou Rogério Ceni.
Cientes da importância da situação, nomes como Lugano, Hernanes e Dorival chamaram a responsabilidade e ajudaram a trabalhar o emocional dos atletas, principalmente dos mais jovens. O uruguaio, por exemplo, até intermediou uma palestra motivacional com um sobrevivente do acidente aéreo dos Andes, de 1972, Carlos Paez.
O peso do veterano zagueiro aumentou muito com a saída do técnico Rogério Ceni. O jogador de 36 anos, sempre que possível, dá conselhos aos colegas e tenta, em seu discurso, mostrar a importância de jogar no São Paulo.
O fato de ser um dos mais dedicados no dia a dia de treinamento, mesmo sem entrar em campo, faz de Lugano um exemplo positivo para os companheiros. O defensor ainda não teve a oportunidade de jogar com Dorival Júnior, já que sua última partida foi justamente a última da equipe comandada por Rogério Ceni – a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no dia 2 de julho. Antes disso, vale lembrar, ele viu o seu salário ser reduzido em R$ 100 mil quando renovou o vínculo, no dia 26 de junho. Mesmo assim, não deixou se abater na rotina de trabalho.
Por sua história dentro do clube, Lugano ainda permanece como um dos nomes mais respeitados pelos torcedores. A identificação com o campeão mundial de 2005 é tão grande que ele é um dos mais festejados na hora em que o time entra em campo neste nacional. Por tudo isso, na reunião com os representantes da torcida, no dia 13 de setembro, por exemplo, ele e Hernanes foram os interlocutores dos atletas.
Como tal estratégia do Tricolor deu resultado positivo, a tendência é que o time mantenha o pacto e a blindagem até o fim do Campeonato Brasileiro.
É uma piada!!! agora vão dar os méritos pela permanência na Serie A para o Velhugano sem jogar e para o Antacy Paspalho.