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Lucas Figueiredo/CBF
Ederson voltou a treinar no CT do São Paulo com a seleção brasileira
“O mundo dá voltas” é o ditado que resume a situação de Ederson. Dispensado pelo São Paulo por telefone quando tinha 15 anos, o goleiro terá a sua chance de ser titular da seleção brasileira pela primeira vez no jogo da próxima terça-feira. Curiosamente, ele treinou nesta sexta-feira justamente no CT da equipe em que começou a trajetória do futebol.
Na entrevista coletiva, o atleta do Manchester City relembrou a dificuldade de aceitar o não que recebeu do time paulista e como o episódio o motivou a seguir em busca de uma oportunidade.
“Eu passei pela base do São Paulo e fui mandado embora por telefone. É uma coisa que eu fiquei muito chateado e não soube lidar com aquilo. Eu tinha 15 anos e, graças a Deus, eu pude ter uma chance na Europa depois disso. A experiência (de ter ido para Portugal) me formou como homem, eu virei homem mais cedo e agora sou um garoto, mas maduro por todas as dificuldades que já passei”, afirmou o goleiro.
“Foi uma saída precoce, pesou muito o que aconteceu. Quando eles ligaram, eu nem estava em casa. E, quando cheguei, minha mãe nem sabia como falar.
Depois acabou contando, eu fui para o meu canto e chorei muito. Fiquei um mês sem pensar em futebol e aí voltei para a minha escolinha até ter a chance de ir para a Europa”, completou.
Nesta terça-feira, Ederson será apenas o segundo goleiro a jogar uma partida oficial com Tite. Até então, só Alisson havia recebido essa chance. Diego Alves e Weverton também atuaram, mas apenas em amistosos.
Além de Ederson, Casemiro e Miranda também já passaram pelo São Paulo. Os dois voltaram ao mesmo CT em que sempre treinaram e aproveitaram para reencontrar diversos amigos e funcionários que seguem trabalhando no clube.
Rodrigo Caio ainda é jogador do São Paulo e, nesta sexta-feira, treinou em dois períodos. Pela manhã sob o comando de Dorival Júnior e, pela tarde, sob o comando de Tite, já que ele foi o escolhido para substituir Thiago Silva, cortado.
Além dele, o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o técnico são-paulino, Dorival Júnior, também aproveitar a atividade da seleção “em casa” para acompanhar de perto a atividade de Tite.
Há muita gente irresponsável nas peneiras. Na década de 70 testemunhei um sujeito (que deveria observar os meninos) de costas para o campo, conversando com um outro.
Mais uma herança maldita de RCeni, querendo jogar todas, sem dar chances a ninguém. Hoje Ederson é do Manchester e RCeni, além de nunca ter sido nem conversado para jogar no exterior, foi sempre reserva na Seleção e está desempregado. Diz que está fazendo curso na Europa, na verdade está tirando fotos para uma distribuição gratuita entre “amigos”