UOL – Marcel Rizzo e Rodrigo Mattos
O Conselho da Fifa (antigo Comitê Executivo) reconheceu nesta sexta-feira os campeões intercontinentais de clubes a partir de 1960 como legítimos campeões mundiais. Desta forma, Santos, Grêmio e Flamengo se tornam campeões reconhecidos pela entidade máxima do futebol.
O São Paulo, que conquistou o Mundial de Clubes organizado pela Fifa em 2005, agora também ganha o reconhecimento de outros dois títulos, obtidos em 1992 e 1993.
A decisão no Conselho da Fifa foi unânime. Conforme apurou o UOL Esporte, alguns membros ligados a confederações africanas mostraram resistência à pauta, mas votaram favoravelmente pouco depois. O pedido de reconhecimento das taças foi feito pela Conmebol.
“Agradeço a aprovação do Conselho da Fifa da proposta da Conmebol de reconhecer os títulos de Copas Intercontinentais como Mundial de Clubes”, disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
Até então, a Fifa colocava como campeões os vencedores do Mundial de Clubes, promovido pela entidade em 2000 e de forma ininterrupta a partir de 2005. Corinthians, São Paulo e Internacional conquistaram o organizado pela entidade máxima do futebol.
.@FIFAcom reconoce a 13 clubes sudamericanos que ganaron la Copa Intercontinental como campeones de Mundial de Clubes. #CreeEnGrande pic.twitter.com/
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— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) October 27, 2017
O Santos contabiliza dois títulos mundiais (1962 e 1963), alcançados com times estelares, reunindo Pelé, Coutinho, Pepe, entre outros. Em 62, a final foi contra o Benfica em dois jogos. No ano seguinte, o Santos derrotou o Milan, em disputa realizada em três partidas.
Grêmio, de Renato, derrotou o Hamburgo em 1983, saga reconhecida pela Fifa
Em 1981, já no formato de jogo único, o Flamengo, então campeão da Libertadores, atropelou o Liverpool: 3 a 0, com grandes atuações de Zico e Nunes.
Dois anos depois, foi a vez do Grêmio conquistar o mundo, A equipe dirigida por Valdir Espinosa venceu o Hamburgo por 2 a 1, com dois gols de Renato Gaúcho.
Já o São Paulo venceu dois títulos mundiais em disputas no Japão. Comandado por Telê Santana, o time do Morumbi venceu o Barcelona por 2 a 1 em 1992. No ano seguinte, derrotou o Milan por 3 a 2. Posteriormente, já em torneio organizado pela Fifa, sagrou-se campeão em 2005 ao bater o Liverpool por 1 a 0.
Copa Rio não esteve na pauta da Fifa
Os títulos da Copa Rio não estiveram na pauta de discussão da Fifa nesta sexta-feira. O Palmeiras e o Fluminense, campeões de 1951 e 1952, respectivamente, buscam o reconhecimento das conquistas.
Para o Palmeiras, vencedor do torneio realizado no Brasil na década de 50, não é nem necessário entrar nessa discussão. Ao blog do Marcel Rizzo, o presidente Maurício Galiotte disse que o clube é reconhecido, inclusive pela Fifa, como campeão do mundo.
“O Palmeiras é o campeão do mundo de 1951. Tal fato foi reconhecido por atletas e jornalistas de todo mundo e inclusive pela Fifa, que homologou a conquista após analisar uma série de materiais que comprovaram o título”, disse Galiotte.
A Copa Intercontinental foi criada em 1960 (e encerrou em 2004) como uma maneira de incentivar o intercâmbio entre as escolas europeia e sul-americana, as mais poderosas do planeta. Até 1979 (com exceção de 1975, quando não foi disputada devido a entrave de calendário), o confronto era disputado em jogos na casa de cada um dos times envolvidos, ou seja, na Europa e na América do Sul.
A partir de 1980, com patrocínio da montadora japonesa Toyota, a disputa passou a ser em partida única, sempre no Japão. A nova Copa Intercontinental, se sair do papel, também deverá ser em jogo único, e a tendência é que a sede seja alterada a cada ano – vai depender muitos da nacionalidade das empresas que topem bancar o projeto.
As disputas ocorridas há mais de meio século eram clandestinas?
Estão fifando (do verbo fifar em espanhol ou castelhano) com a nossa paciência…
Nada mudou.
Somos tri e só não somos tetra por causa da falha grotesca do frangueiro na final contra o Inter
FODA-SE a FIFA
Artigo primeiro: Campeão mundial de algum país sul-americano é aquele que se sagrou campeão da Libertadores da América do respectivo ano;
Artigo segundo: revogam-se as demais disposições;