Pratto do Atlético-MG x Pratto do São Paulo: compare estilos e números

Líder do elenco são-paulino, o atacante argentino vai rever o clube e a cidade, Belo Horizonte, onde deixou boas recordações.

O GloboEsporte.com fez um comparativo de desempenho e números do jogador nos dois clubes

Desde que chegou ao Atlético-MG, em 2015, Pratto sempre foi um jogador raçudo. Muito por causa disso acabou caindo nas graças da torcida rapidamente, pois sempre demonstrou luta e vontade, tanto ofensivamente quanto defensivamente.

Esse mesmo estilo rende a ele elogios no São Paulo, mesmo com pouco tempo de clube – desde fevereiro. O perfil fora de campo e a conduta no dia a dia também dão ao argentino o status de líder do elenco. A direção, inclusive, o vê como exemplo.

Taticamente, Pratto apresenta no Tricolor estilo parecido ao demonstrado no Galo. Ele se movimenta e não atua fixo dentro da área. Recua para buscar o jogo e assim abre espaço para a infiltração de Marcos Guilherme, Lucas Fernandes e outros jogadores.

Isso tem provocado críticas pelo tempo sem fazer gols: são 10 jogos de jejum no São Paulo (veja mais números abaixo). Pratto deu sua versão sobre o assunto:

– Na maioria dos jogos é isso que está acontecendo. Contra o Sport, os dois zagueiros estavam comigo quando uma bola mal tirada sobrou para o Marcos Guilherme (veja no vídeo abaixo, do gol da vitória por 1 a 0). Contra o Palmeiras, eu saí da área e dei a bola para o Marcos (marcar o primeiro gol, na derrota por 4 a 2). Quando se fala que eu não estou fazendo gol, tem de saber que somos jogadores de futebol, e eu sei o que é tática. Claro que quero ser artilheiro, mas tenho de me adaptar ao time – disse Pratto.

No primeiro ano de Atlético-MG, foram 33 gols e nenhum grande jejum. No entanto, no segundo turno do Brasileirão-2015, Pratto fez seis gols, sendo os últimos cinco em cobranças de pênaltis. Na segunda temporada, ficou oito jogos sem balançar as redes, maior jejum no time mineiro. Nas suas últimas 14 partidas de 2016, fez oito gols.

No São Paulo, Pratto não marca há 10 jogos. É o terceiro maior jejum da carreira. Os maiores foram no Genoa, da Itália (11 partidas), em 2012, e no Vélez Sarsfield, da Argentina (13 jogos), em 2013.

Veja abaixo os números de Pratto no Galo e no Tricolor:

– Todos sabem do carinho que tenho. O Atlético-MG mudou de técnico (Oswaldo de Oliveira substituiu Rogério Micale) e buscou resultado fora de casa (vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-PR). Recuperou um jogador importante (Robinho), que fez dois gols, um dos melhores do Brasil. No Independência, o time se sente muito bem, mas também sei que é o pior ano do Atlético-MG como mandante dos últimos cinco ou seis anos. Temos de aproveitar isso – disse Pratto, na semana passada, sobre o reencontro com o antigo clube.