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Mesmo com muitos desfalques, equipe tem bom desempenho no primeiro tempo, é prejudicada pela arbitragem e consegue reagir na etapa final.
Os desfalques eram de peso, o adversário estava desesperado, a arbitragem errou feio. E, mesmo assim, o São Paulo venceu o Coritiba por 2 a 1 neste domingo no Couto Pereira.
Por que venceu? Especialmente, por um elemento quase invisível: a leveza.
Porque é aquilo: quando time grande luta contra o rebaixamento, é um desespero só – a bola queima, a perna pesa, as jogadas não fluem. Não por acaso, no primeiro jogo depois de se livrar da queda, o São Paulo esteve leve em boa parte do tempo. Não havia mais possibilidade de tragédia no horizonte tricolor. O time estava livre para jogar bola.
Foi uma maravilha? Longe disso. Sem três dos titulares mais fundamentais (Petros, Hernanes e Pratto), não se podia esperar muito. Mas os substitutos deram conta do recado no primeiro tempo.
A equipe mostrou naturalidade em jogadas ofensivas (triangulações, infiltrações), teve boa movimentação e apresentou relativo controle das ações. Poderia ter saído na frente já aos cinco minutos, graças a dois garotos: Shaylon aproveitou saída errada de Wilson, roubou a bola e tocou para Brenner, que perdeu o gol.
O atacante de 17 anos desperdiçaria outra oportunidade aos 20 – em grande defesa de Wilson. Confira:
O Coritiba também teve suas chances, claro. Era natural que tivesse: jogava em casa e lutava contra o rebaixamento. Mas não havia pressão.
E aí surgiu a arbitragem. Anderson Daronco errou feio ao marcar pênalti de Edimar em disputa pelo alto com Thiago Real. O jogador do Coritiba tocou com o braço na bola, mas o juiz marcou como se a infração fosse do são-paulino. O goleiro Wilson cobrou e fez o gol.
Reação
Era preciso reagir, e o São Paulo conseguiu. Mesmo com desempenho reticente no começo do segundo tempo, mesmo com Marcos Guilherme e Cueva apagados, o Tricolor chegou à virada com dois gols de bola aérea – ambos saídos dos pés de Shaylon.
No primeiro, o garoto bateu escanteio na cabeça de Militão, que completou para o gol. Veja:
No segundo, Shaylon cobrou falta na área, e Matheus Galdezani mandou contra ao dividir no alto com Rodrigo Caio. Confira:
Depois da vitória, o São Paulo teve outro mérito: conseguiu controlar o Coritiba. À leveza, acrescentou maturidade. Praticamente não foi ameaçado – com exceção de um lance aos 47, em que Sidão primeiro soltou e depois salvou.
NÚMEROS DO JOGO
Posse de bola: Coritiba 47% x 53% São Paulo
Finalizações: Coritiba 11 x 9 São Paulo
Chances reais de gol: Coritiba 7 x 5 São Paulo
Passes errados: Coritiba 34 x 26 São Paulo
Bolas levantadas: Coritiba 16 x 10 São Paulo
Faltas: Coritiba 16 x 12 São Paulo
Escanteios: Coritiba 4 x 6 São Paulo