Na marra, São Paulo supera brilho de Reinaldo e empata no Pacaembu

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UOL

Bruno Grossi

Emprestado pelo São Paulo até o fim deste ano, Reinaldo foi um dos pontos de desequilíbrio na noite desta quinta-feira. Vaiado sempre que encostava na bola, o lateral-esquerdo não se intimidou com a marcação da torcida e, com gol e assistência, quase levou a Chapecoense à vitória no Pacaembu. Mas o Tricolor aproveitou-se do recuo do rival e, com o empate em 2 a 2, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. evitou a derrota diante de 35.037 torcedores.

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Em entrevista ao UOL Esporte nesta quinta-feira, Reinaldo afirmou que um de seus objetivos era reconquistar os são-paulinos. Ele tem contrato com o clube do Morumbi até dezembro de 2018. De uma forma dolorosa para o torcedor tricolor, o jogador de 28 anos deu mais uma amostra de seu valor.

No primeiro tempo, o lateral encaixou um cruzamento perfeito para Wellington Paulista cabecear para o gol. Na etapa final, Reinaldo cobrou com precisão a penalidade sofrida por Apodi, derrubado por Marcos Guilherme na área.

Com dificuldades para chegar ao gol, o técnico Dorival Júnior povoou o campo de ataque e foi premiado com o empate. Gilberto voltou a marcar pelo São Paulo, após falha do goleiro Jandrei. Arbodela, após cobrança de escanteio, decretou o empate. Com o resultado, o Tricolor vai a 43 pontos. Já a Chape segue fugindo do rebaixamento, com três pontos a menos.

Inimigo íntimo

Não é a primeira vez que Reinaldo aprontou para cima do São Paulo. O lateral-esquerdo, autor do segundo gol e da assistência para Wellington Paulista no Pacaembu, já foi algoz de uma derrota do Tricolor no ano passado, quando também estava emprestado. Na ocasião, marcou o tento da vitória da Ponte Preta por 1 a 0, na primeira fase do Campeonato Paulista do ano passado. Neste ano, pela Chapecoense, ele soma 13 assistências e nove gols.

Tabu quebrado

Depois de três jogos, o São Paulo voltou a sair atrás no placar com o gol de Wellington Paulista. Nas vitórias sobre Flamengo, Santos e Atlético-GO, o Tricolor só havia tomado gol dos santistas e somente após ter aberto dois tentos de vantagem. A última vez em que os comandados de Dorival Júnior saíram perdendo havia sido contra o Fluminense: na 29ª rodada, os cariocas venceram por 3 a 1, em jogo disputado no Maracanã. No Brasileirão, foi a 16ª vez que o time começou em desvantagem.

Asa verde para o Tricolor

O São Paulo segue sem nunca ter vencido a Chapecoense como mandante na história. O confronto desta quinta-feira foi o quarto entre os clubes em território paulista, sendo o terceiro empate – os outros foram em 2015 (0x0) e 2016 (2×2, com o Morumbi lotado, e também com os visitantes abrindo dois gols de vantagem). Em 2014,  a Chape venceu por 1 a 0.

Pressão sobre promessa

NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Araruna foi o escolhido por Dorival Júnior para ser o lateral-direito do São Paulo pelo segundo jogo consecutivo, em substituição ao lesionado Militão. Mas a opção durou pouco. O camisa 28 até começou em bom nível, acertando cruzamentos perigosos, mas erros seguidos de passes e falta de ousadia para chegar à linha de fundo fizeram com que parte da torcida se revoltasse.

Do setor mais nobre do Pacaembu, justamente ao lado onde Araruna jogava no primeiro tempo, ouviam-se vaias e xingamentos a cada toque do garoto de 21 anos, improvisado na posição. No intervalo, Dorival decidiu tirá-lo, lançando Lucas Fernandes e deslocando Petros para a lateral.

Nem de longe…

Com a forte marcação da Chapecoense, o São Paulo encontrou – para variar – em Hernanes uma válvula de escape. No fim do primeiro tempo, o Profeta mostrou seu repertório de chutes de fora da área e deu trabalho para o goleiro Jandrei. Em um dos lances, o craque tricolor arriscou do círculo central e ficou perto de marcar um golaço. O décimo tento no retorno, porém, não saiu.

…nem de perto

Quem também teve boas chances de furar a defesa dos catarinenses foi Marcos Guilherme, com quatro chances claras para marcar, mas falhou em todas. Em duas, dominou mal e perdeu até o tempo de finalizar. Nas outras, demorou para concluir e deu tempo para a reação dos adversários – primeiro em travada de Luiz Otávio, depois em defesa de Jandrei.

Renascimento do artilheiro

Gilberto pouco jogou sob o comando de Dorival Júnior – o duelo desta quinta foi o nono. O atacante não marcava desde 11 de junho, na derrota por 3 a 2 para o Corinthians em Itaquera, ainda pela sexta rodada do Brasileirão. Mas o camisa 17 reencontrou a fama de amuleto e voltou à briga pela artilharia do time na temporada. Em lance de oportunismo, dividiu com Jandrei e diminuiu para o São Paulo. Agora são 13 gols de Gilberto, contra 14 de Pratto.

Utilidade pública

Antes do jogo desta quinta-feira, foram distribuídas bexigas azuis para os torcedores no Pacaembu. Tratava-se de uma ação para promover o Novembro Azul, campanha de prevenção ao câncer de próstata. Os torcedores foram orientados a soltar as bexigas no apito inicial, deixando os objetos pairando sobre o estádio por alguns instantes.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 2 CHAPECOENSE

Data: 9 de novembro de 2017, quinta-feira
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Auxiliares: Michael Correia e Silbert Faria Sisquim (ambos do RJ)
Público e renda: 35.037 pagantes / R$ 959.783,00
Cartões amarelos: Marcos Guilherme (São Paulo); Luiz Antonio (Chapecoense)
Gols: Wellington Paulista, aos 26 minutos do primeiro tempo; Reinaldo, aos 14 minutos do segundo tempo; Gilberto, aos 26 minutos do segundo tempo; Arboleda, aos 37 minutos do segundo tempo.

SÃO PAULO: Sidão; Araruna (Lucas Fernandes), Rodrigo Caio, Arboleda e Edimar; Jucilei, Petros (Maicosuel) e Hernanes; Shaylon (Gilberto), Marcos Guilherme e Lucas Pratto
Técnico: Dorival Júnior

CHAPECOENSE: Jandrei; Apodi, Luiz Otávio, Fabricio Bruno e Reinaldo; Amaral, Moisés Ribeiro, Canteros, Luiz Antonio (João Pedro) e Arthur Cayke (Lucas Mineiro), Wellington Paulista
Técnico: Gilson Kleina

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