Com três vitórias consecutivas e a segunda melhor campanha do returno, o São Paulo ocupa a nona colocação do Campeonato Brasileiro com 43 pontos e se vê muito mais próximo do grupo de classificação à Libertadores (está a quatro do Flamengo, sétimo colocado) do que da zona do rebaixamento (abriu oito do Vitória, 17º).
Por isso, os torcedores do Tricolor agora usam a calculadora para saber quantos pontos são necessários para se garantir na Liberta do ano que vem.
Antes de mais nada, é preciso considerar algumas informações importantes:
- O Brasil tem direito a sete vagas na Libertadores, sendo seis via Brasileirão e uma para o campeão da Copa do Brasil
- Como o Cruzeiro conquistou a Copa do Brasil e está em quinto no Brasileiro, o G-6 virou G-7
- Esse número pode aumentar para G-8, caso o Grêmio, terceiro colocado, seja o campeão da Libertadores (está na final com o Lanús, da Argentina)
- E ainda há a possibilidade de um G-9, caso o Flamengo, sétimo no Brasileiro e semifinalista da Copa Sul-Americana, conquiste o torneio internacional e permaneça entre os nove primeiros.
Nesse cenário otimista, com vagas para nove brasileiros na Libertadores, o São Paulo já estaria dentro, pois é o nono colocado no torneio nacional. Mas claro que é bom tentar se garantir numa posição melhor, sem ter de depender dos títulos do Grêmio na Liberta e do Flamengo na Copa Sul-Americana.
Para ajudar o são-paulino nessa conta, o GloboEsporte.com elaborou duas tabelas.
A primeira mostra o número de pontos do último qualificado para a Libertadores via Campeonato Brasileiro desde 2006, quando o torneio passou a ser disputado por 20 clubes. Note que, com a mudança no ano passado no número de participantes na Libertadores, o Atlético-PR obteve sua vaga com 57 pontos, na sexta colocação. O São Paulo, atualmente, tem 43 e mais 18 pontos em disputa, podendo chegar a 61.
Ranking dos últimos classificados para a Libertadores via Brasileirão
Ano | Clube | Posição | Pontuação |
2016 | Atlético-PR | sexto | 57 pontos |
2015 | São Paulo | quarto | 62 |
2014 | Corinthians | quarto | 69 |
2013 | Botafogo | quarto | 61 |
2012 | São Paulo | quarto | 66 |
2011* | Inter | quinto | 60 |
2010 | Grêmio | quarto | 63 |
2009 | Cruzeiro | quarto | 62 |
2008 | Palmeiras | quarto | 65 |
2007* | Cruzeiro | quinto | 60 |
2006* | Paraná | quinto | 60 |
Importante ressaltar que, nos três anos com asterisco na tabela (2011, 2007 e 2006), o G-4 virou G-5 justamente por conta da presença do campeão da Copa do Brasil ou da Libertadores entre os quatro primeiros.
É esse o cenário atual, com o Cruzeiro, que conquistou a Copa do Brasil, ocupando a quinta colocação e transformando o G-6 em G-7. Como o Grêmio pode ser campeão da Libertadores e o Flamengo pode levar a Sul-Americana, criamos outra tabela: com a pontuação dos sétimo, oitavo e nono colocados desde 2006. Veja abaixo:
Os 7º, 8º e 9º colocados no Brasileirão com 20 clubes
Ano | Pontuação do sétimo | Pontuação do oitavo | Pontuação do nono |
2016 | 55, Corinthians | 53, Ponte Preta | 53, Grêmio |
2015 | 58, Santos | 55, Cruzeiro | 53, Palmeiras |
2014 | 61, Grêmio | 54, Atlético-PR | 53, Santos |
2013 | 57, Santos | 57, Atlético-MG | 50, São Paulo |
2012 | 55, Botafogo | 53, Santos | 52, Cruzeiro |
2011 | 58, Figueirense | 57, Coritiba | 56, Botafogo |
2010 | 58, Internacional | 56, Santos | 55, São Paulo |
2009 | 56, Atlético-MG | 55, Grêmio | 55, Goiás |
2008 | 53, Botafogo | 53, Goiás | 53, Coritiba |
2007 | 58, Palmeiras | 55, Atlético-MG | 55, Botafogo |
2006 | 57, Figueirense | 55, Goiás | 53, Corinthians |
Olhando esses dados, é possível perceber que o melhor sétimo colocado desde 2006 foi o de 2014, o Grêmio, com 61 pontos. Já o pior sétimo foi o de 2008, o Botafogo, com 53.
Pela média, 57 pontos seriam suficientes para o São Paulo garantir a sétima posição, o que lhe daria uma vaga na Libertadores, caso o G-6 se mantenha como G-7. Ou seja: o Tricolor precisaria de 14 pontos em 18 possíveis (quatro vitórias e dois empates) para ser o sétimo colocado.
Se Grêmio ou Flamengo conquistarem os títulos da Libertadores ou da Sul-Americana e permanecerem entre os sete primeiros do Brasileirão, criando um G-8, o São Paulo poderia se qualificar até com 53, pontuação obtida pelo oitavo colocado em 2008, 2012 e 2016. O melhor oitavo nesse período fez 57 (em 2011 e 2013).
Na média, 55 pontos seriam suficientes para ficar com a oitava posição e se classificar dentro de um G-8. Ou seja: o Tricolor precisaria de 12 pontos em 18 possíveis (quatro vitórias e duas derrotas, ou três vitórias e três empates) para ser o oitavo colocado.
Mas se o são-paulino quiser torcer tanto pelos títulos do Grêmio na Libertadores como do Flamengo na Sul-Americana, com ambos entre os oito primeiros do Brasileiro, criando assim um G-9, é possível sonhar com uma classificação até com 50 pontos, número obtido pelo nono colocado em 2013 (coincidentemente, o próprio São Paulo).
Mas a tabela acima mostra que, em média, são necessários 53 pontospara ficar com a nona posição. Ou seja: o Tricolor precisaria de 10 pontos em 18 possíveis (três vitórias, um empate e duas derrotas, ou duas vitórias e quatro empates) para manter a nona colocação.
Mas o ideal, claro, é não precisar se importar com os títulos de outros times, sem essa de G-8 ou G-9. Portanto, são-paulino, guarde esse número: 57 pontos. Principalmente se vencer Vasco e Botafogo, dois de seus concorrentes diretos por vaga na Libertadores, e chegar a essa pontuação de 57, o Tricolor dificilmente ficará fora da competição continental.
Veja as informações do São Paulo para enfrentar a Chapecoense:
Local: Pacaembu, em São Paulo
Data e horário: quinta-feira, às 20h (de Brasília)
Provável escalação: Sidão; Araruna, Rodrigo Caio, Arboleda e Edimar; Jucilei; Petros, Hernanes, Marcos Guilherme e Lucas Fernandes (Shaylon, Jonatan Gomez); Lucas Pratto
Desfalques: Wellington Nem e Morato (cirurgias no joelho direito, só voltam em 2018), Bruno (lesão nas costas), Éder Militão (estiramento na coxa esquerda) e Cueva (na seleção do Peru)
Pendurados: Bruno, Hernanes, Jonatan Gomez, Lucas Fernandes, Lucas Pratto, Lugano, Petros, Renan Ribeiro, Rodrigo Caio e Sidão
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Michael Correia (RJ) e Silbert Faria Sisquim (RJ)
Transmissão: Premiere e Premiere HD, com narração de Jota Júnior e comentários de Sérgio Xavier
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 19h