Vergonha e erros no São Paulo, festa na seleção: meia detalha seu 2017

809

LANCE

O armador Cueva reconhece os erros desta temporada com a camisa do São Paulo e projeta ano positivo para o Tricolor, assim como foi para a seleção de seu país

Cueva jogará no sábado antes de se apresentar à seleção

Briga contra o rebaixamento, inconstância dentro de campo e pressão da torcida por conta dos maus resultados. A temporada do São Paulo passou muito longe de ser aquilo que os tricolores esperavam nesta mesma época do ano passado. Mesmo assim, é possível enxergar aspectos positivos e melhorá-los. Quem garante isso é o peruano Cueva, o principal responsável pelo setor criativo da equipe de Dorival Júnior e da seleção de seu país.

– Somos conscientes de que não foi um ótimo ano, mas podemos dar alegrias no próximo ano, com vaga na Sul-Americana, sair campeão. Penso que temos um grupo para corrigir as coisas deste ano para o ano que vem, admitiu o atleta nesta terça (28), no CT da Barra Funda.

Publicidade

O jogador, responsável apenas pelo setor criativo do time, não se esquivou das perguntas e admitiu que a temporada ruim do Tricolor não é culpa exclusiva dos jogadores de defesa. Nas palavras do peruano, todo o elenco tem sua parcela de erro. Contudo, o ano de 2017 já está quase no passado e com o São Paulo garantido na Copa Sul-Americana do ano que vem, o foco é colocar o clube de volta na lista dos protagonistas do futebol brasileiro.

– Sempre falaram que estávamos tomando muitos gols, e culpavam a defesa. Mas penso que nunca deve se culpar defesa e goleiros por isso, porque os 11 atacam e defendem hoje. Corrigimos isso. Tomamos consciência da necessidade defensiva de todos e, logicamente, a parte ofensiva é de todos. São algumas das coisas que mudaram e fizeram bem para nós. Temos um grande grupo humano e, se tivéssemos mantido uma estabilidade de ganhar jogos, brigaríamos por um torneio ou título. Mas agora é pensar no positivo, no que melhoramos, para terminar da melhor maneira, pontuou o são-paulino.

Na temporada, o camisa 10 do Tricolor soma 42 jogos com a camisa do Tricolor. Ao todo, o meio-campista balançou as redes adversárias em dez oportunidades (cinco delas apenas no Paulistão) e distribuiu 11 assistências. Apesar do bom ano defendendo as três cores do clube do Morumbi, foi pela seleção de seu país que Cueva mais se destacou. O peruano foi um dos principais jogadores do time comandado pelo ex-palmeirense Ricardo Gareca na conquista da vaga para a Copa do Mundo da Rússia, no ano que vem.

– Uma parte dessa classificação é pelo São Paulo, que me deu oportunidade, de manter nível alto em um clube como esse e na liga brasileira, pude ajudar a seleção da melhor maneira. Estou feliz porque atingimos o objetivo. Não consegui coisas com São Paulo, mas estou muito feliz e agradeço a oportunidade de classificar o Peru, finalizou o meia armador.

Confira outros trechos da entrevista de Cueva

Expectativa para o jogo de domingo 

– Temos que terminar o ano ganhando. Se ganharmos, teremos alguma chance de ir à Libertadores. Mas, mesmo sem isso, temos que ganhar como agradeicmento por tudo que a torcida fez conosco desde o início. É uma torcida que merece aplausos, temos que agradecer ganhando e, no ano que vem, corrigir os erros para conquistar um título.

Torcerá para Grêmio e Flamengo serem campeões, respectivamente, da Libertadores e da Sul-Americana?

Torço por qualquer um que possa nos dar vaga na Libertadores. Mas não penso que Sul-Americana é algo pequeno. Agora, temos que pensar em terminar o ano ganhando no domingo, nos preparando para o ano que vem, sabendo que estamos na Sul-Americana. Queremos sair campeões no ano que vem, quero ser campeão no São Paulo.

Sobre semelhanças com o futebol de Ganso 

Admiro muito o futebol dele, sempre o vi jogar, é uma pessoa que admiro muito. Os dois jogadores que sempre vou mirar já não jogam mais, são Ronaldinho e Ronaldo, mas admiro muito o Ganso. Não joguei junto com ele, mas sei que é um cara legal. Ele está em uma equipe muito importante na Espanha, e trato de fazer meu trabalho no São Paulo.