Cícero se viu injustiçado no São Paulo: “Ainda procuro uma resposta”

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GazetaEsportiva.net

Cícero acumulou 32 jogos e quatro gols pelo São Paulo em 2017 (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O meio-campista Cícero terminou o ano em alta ao marcar o gol da vitória do Grêmio por 1 a 0 sobre o Lanús, da Argentina, no jogo de ida da final da Copa Libertadores, que acabou sendo conquistada pelo time gaúcho. No entanto, o jogador lamenta um episódio ocorrido em 2017, no qual se sente injustiçado: o seu afastamento do São Paulo, em agosto.

“Não entendo realmente o que aconteceu. Ainda procuro uma resposta. Isso nunca aconteceu em 14 anos de carreira. Em todos os lugares, sempre joguei. No São Paulo, até metade do ano, eu era um dos três que mais tinham jogador. Não que eu era a solução, mas, quando fiquei sem jogar, reparei que tinha alguma coisa estranha. Dos 23 pontos que o time tinha, participei de 16”, desabafou Cícero, em entrevista ao canal Fox Sports.

Vindo do Fluminense, Cícero chegou ao São Paulo em janeiro a pedido de Rogério Ceni, com quem havia dividido vestiário entre 2011 e 2012. Começou a temporada como titular, mas foi perdendo espaço ainda sob o comando do ex-goleiro. Com Dorival Júnior, foi afastado em agosto, após somar 32 jogos, quatro gols e uma assistência.

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Insatisfeita com o comportamento do atleta, a diretoria tricolor rescindiu seu contrato, que era válido até o fim de 2018, e o negociou com o Grêmio.

“Naquele momento, me senti meio injustiçado, mas nunca deixei de trabalhar. Fiquei surpreso na época porque senti que o treinador queria me usar, pelos treinamentos e jogos. Mas tinha alguma coisa por trás puxando, que não me deixava ter sequência. Não tem como eu cravar sobre os bastidores, mas não sou cego. Eu reparava certas coisas e não entendia”, relatou, negando estar chateado com o clube paulista.

“Não é uma mágoa. Não adianta eu ficar falando que saí magoado do São Paulo ou, de repente, que fiquei magoado com o Rogério. Ele saiu e, logo depois, acabei sendo afastado. Não tenho que ficar falando nas coisas. Tive um título da Copa Sul-Americana em 2012 pelo São Paulo, o grupo era muito bom”, acrescentou.

Aos 33 anos, Cícero não jogará mais em 2017. Ele, por ter sido contratado pelo clube após a última janela internacional do país, não pôde ser inscrito na lista de jogadores do Grêmio para a disputa do Mundial de Clubes, que está sendo disputado neste mês, nos Emirados Árabes Unidos.

“Logo depois que saí, não fiquei falando do São Paulo, disso ou daquilo. A resposta que o jogador precisa dar é dentro de campo, na minha vida toda foi assim. Graças a Deus, fui abençoado e coroado com um gol na final (da Copa Libertadores) para entrar na história de um clube também grandioso no futebol mundial”, concluiu.

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