Pratto é o destaque da capa desta sexta-feira do jornal esportivo “Olé”, da Argentina. A manchete é uma brincadeira: “Já assinou”. Na verdade, de férias em seu país, o atacante do São Paulo deu um autógrafo na camisa do River Plate de uma torcedora.
Na quinta-feira, o argentino jogou uma pelada pelo Cambaceres, clube da região de Buenos Aires onde ele começou a carreira. Segundo a publicação, há duas razões que o motivam a trocar o São Paulo pelo River Plate:
- Uma pessoal
Pratto tem uma filha de sete anos, Pia, que mora na capital argentina e passou recentemente a sentir mais falta do pai.
– Sempre penso em voltar, também por questões familiares, coloca muitas coisas na balança – disse Pratto, segundo o “Olé”.
- Outra profissional
Segundo o empresário Gustavo Gõni, além da proximidade com a filha, jogar no River Plate aproximaria Pratto da seleção argentina.
– Um dos sonhos dele é jogar a Copa do Mundo. Não deu certo nos outros clubes em que atuou, e ele chegou ao São Paulo com essa ideia, mas o projeto não saiu como pensava. O ano dele foi bom, mas não excelente como os últimos…
Pratto tem dado declarações conflitantes sobre seu futuro. Na terça-feira, em entrevista ao canal de televisão “TNT Sports”, da Argentina, o atacante se disse aberto a uma negociação com o River Plate. Dois dias depois, à emissora argentina “Fox Sports”, ele negou que queira sair do São Paulo.
O GloboEsporte.com publicou na quinta que o clube argentino traça um plano para contratar Pratto. Além de oferecer € 7,7 milhões de euros (aproximadamente R$ 30 milhões) por 65% dos direitos do jogador – o valor teria que ser parcelado –, tentará seduzi-lo com o argumento de que, jogando na Argentina, teria mais chance de ser convocado por Jorge Sampaoli.
O clube do Morumbi, através da sua assessoria de imprensa, informou que não recebeu nenhuma oferta do River Plate e que não tem interesse em negociar seu principal atacante.
Pratto foi contratado no início do ano por € 6,2 milhões. O São Paulo adquiriu 50% dos direitos do atacante de 29 anos. O Atlético-MG, ex-clube do gringo, detém 45% e uma rede de supermercados de Belo Horizonte é dona dos outros 5%.
No contrato de Lucas Pratto com o São Paulo, há gatilhos que permitem que o clube paulista compre mais 15% agora no fim do ano (o que será feito), 15% no fim de 2018 e 15% no fim de 2019. As duas primeiras fatias custam € 1,5 milhão cada.
Além disso, a partir de janeiro de 2018, se chegar uma proposta de no mínimo € 11 milhões (R$ 42,7 milhões), o São Paulo é obrigado a vender, desde que o salário oferecido ao jogador seja um pouco maior que o dobro do que ele ganha na equipe do Morumbi.