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Lugano pode não ter se despedido dos gramados defendendo o São Paulo com uma vitória, porém, sua última partida com a camisa tricolor foi, de fato, emocionante. Sob o olhar de mais de 60 mil pessoas no Morumbi, o zagueiro uruguaio aproveitou cada um dos 90 minutos em campo e não escondeu a emoção após o apito final. Reverenciado pelos jogadores e torcida, o ídolo do clube não poupou palavras para expressar sua gratidão.
“O São Paulo é um clube que mudou minha vida como pessoa e como profissional. Cheguei aqui com 21 anos, o clube teve paciência, soube ver coisas em mim que talvez ninguém mais veria. Cheguei à seleção do Uruguai graças ao São Paulo, fui capitão da seleção por dez anos, fui à Europa, solucionei minha vida financeira graças ao São Paulo. O que eu posso falar? Como sempre digo à torcida, obrigado por tanto”, disse Lugano ao Premiere.
O zagueiro uruguaio também comentou sobre a última semana de treinos no CCT da Barra Funda, que chegou a ser aberto para torcedores, que fizeram questão de se despedir de Lugano. Para ele, os últimos momentos vividos como jogador do principal clube de sua carreira são imensuráveis.
“Impossível expressar com palavras o que os torcedores, os companheiros e o pessoal do CT fizeram nesses dias. É um orgulho e uma sensação que nunca tinha experimentado em toda a minha vida. Sensação de gratidão, de realização, consciência tranquila por ter feito tudo o que podia fazer no futebol, no São Paulo. Colhi frutos do trabalho, fui reconhecido pelo pessoal que trabalha comigo, que está no dia-a-dia. O São Paulo me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo e vou ser sempre grato por isso”, prosseguiu.
Já em relação aos próximos passos de sua carreira, Lugano preferiu não garantir se irá se aposentar ou não. O defensor uruguaio, por enquanto, quer desfrutar todo o carinho que vem recebendo nesses últimos dias e, mesmo crendo que ainda pode atuar em alto nível, sinalizou que há chances reais de pendurar as chuteiras.
“É tão intenso, lindo, diferente e especial o que estou vivendo. Para que perder um segundo pensando em outras coisas? Terei empo para pensar no futuro, mas por enquanto me deixe desfrutar esse momento. A gente ainda tem uma lenha para queimar, mas isso é o que eu penso hoje. Daqui uns dias vou fazer um balanço e vou decidir o que é melhor para a minha família. Por enquanto, é só gratidão a esse clube, à essa torcida e também ao Brasil, porque tenho uma identificação grande com o Brasil, não só por causa do São Paulo, mas por causa também do Uruguai e do Paris [Saint-Germain]. Sempre tive treinadores brasileiros, companheiros brasileiros, dirigentes brasileiros”, concluiu.