SP projeta arrecadar mais de R$ 90 milhões com venda de jogador em 2018

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UOL – José Eduardo Martins

  • Gabriela Di Bella-18.jan.2016/Folhapress

    Presidente do São Paulo, Leco vai pôr orçamento para 2018 em votação no Conselho

O São Paulo pretende ter mais uma temporada de alta arrecadação com a venda de jogadores. Nesta terça-feira à noite, no Morumbi, em reunião do Conselho Deliberativo, o departamento financeiro vai apresentar a previsão orçamentária para 2018. De acordo com apuração do UOL Esporte, o clube projeta ganhar aproximadamente R$ 88 milhões com transferências e receber cerca de R$ 3 milhões com o empréstimo de atletas no ano que vem.

Vale destacar que boa parte das transações é parcelada e, por isso, ainda há muito a ser recebido em 2018. No caso, o São Paulo tem quase metade do que foi orçado para ganhar no ano que vem (R$ 42,6 milhões). Além disso, o clube teve de dividir parte do que foi arrecadado com empresários e outros clubes que detêm parte dos direitos dos atletas.

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Por outro lado, a intenção é que 50% do que for arrecadado (por volta de R$ 45 milhões) seja utilizado para a contratação de reforços. A outra parte do que for obtido com a transferência dos jogadores será aplicada no pagamento de dívidas e no custeio do clube. A despesa total do departamento de futebol em 2018 está prevista em R$ 267 milhões. Logicamente, tais números são apenas uma projeção e serão discutidos no encontro desta noite.

No orçamento de 2017, por exemplo, o São Paulo estimava que arrecadaria R$ 60 milhões com venda e gastaria R$ 17,5 milhões na compra de atletas. Tais números foram superados. As cifras giraram em torno de R$ 180 milhões no caso de transferência de atletas. Por outro lado, o clube desembolsou muito mais com a contratação de reforços – só com Lucas Pratto o Tricolor já pagou R$ 24 milhões. Até mesmo por isso, deve ser feito o pedido de suplementação do orçamento em vigor durante a reunião.

Apesar de haver resistência de alguns conselheiros, o orçamento deve ser aprovado no encontro. Integrantes de grupos de oposição ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, temem que uma negativa ao orçamento poderia prejudicar o São Paulo em relação ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), sendo que o clube faz parte do programa desde 2015.