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Cleber Akamine
Jogando contra garotos da equipe sub-10 do São Paulo, meia chamou a atenção de dirigentes tricolores, que “voltaram” a São José do Rio Preto para levá-lo ao CT de Cotia
Quando tinha oito anos, jogando no meio da molecada de 10, Igor desequilibrou a partida contra o São Paulo. A atuação pelo América-SP naquele dia chamou a atenção da comissão técnica e staffs tricolores, que “anotaram” a placa. O meio-campista de boa técnica, passadas mais alongadas e visão de jogo entrava, com oito anos, na mira do São Paulo. Com nove, fez o primeiro teste, e com dez, o primeiro contrato.
– Fiz um jogo contra o São Paulo. Eu era nascido em 99, mas estava jogando numa categoria que os meninos tinham dois anos a mais, nascidos em 97. Fui bem naquele jogo, depois passei no teste com nove anos, e o São Paulo foi me monitorando – lembrou Igor.
Com nove anos, não tinha idade para morar no CT de Cotia, mas o caminho estava pavimentado. Jogou por América e Tanabi, também do interior paulista, antes de vestir a camisa do São Paulo, aos 13 anos de idade.
Desde então, Igor tem colecionado boas atuações, títulos e até comparações com o meia Kaká, ídolo são-paulino, pentacampeão do mundo com a seleção brasileira e eleito melhor jogador do mundo em 2007.
A última boa apresentação do camisa 10 ocorreu nesta segunda-feira, diante do Cruzeiro, pelas oitavas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. A vitória por 1 a 0, com seu gol aos 14 minutos da segunda etapa, colocou o time nas quartas de final da competição.
– O Cruzeiro é um time muito competente, organizado defensivamente. Não é fácil entrar na zaga deles, são dedicados na marcação. Tivemos chances no primeiro tempo, mas não fizemos. No segundo tempo fomos mais felizes – resumiu o meio-campista de 18 anos.
Kaká?
Não é só o fato de vestir a camisa 10 tricolor. Igor identifica algumas semelhanças entre ele e seu ídolo Kaká, ex-São Paulo.
– O jeito de jogar lembra um pouco, sim. Pelas arrancadas, pelos passes. A fisionomia nem tanto. Talvez pelo cabelo, e agora estou deixando meu bigadinho (risos). O pessoal lembra por causa do cabelo, mas tenho um porte físico parecido, um pouco mais alto. Lembra um pouco a passada – comentou Igor.
O técnico André Jardine também enxerga características parecidas com o pentacampeão do mundo, e aproveita para fazer alguns elogios ao seu camisa 10.
– Ele tem um biotipo parecido, um meia longilíneo, com passada larga, que rompe bem, tem uma capacidade de conduzir e romper a marcação com uma certa facilidade. Tem um poder de finalização muito bom, que o Kaká também tinha. Tem uma visão de jogo bastante acima da média, capaz de encontrar jogadores sozinhos. Se ele não foi melhor na Copinha até agora, é porque os adversários estão marcando muito. Ele está sofrendo maração individual em todos os jogos – comentou o treinador da equipe sub-20 do São Paulo.
Questionado sobre o sucesso de Kaká com as garotas, conhecidas por Kakazetes, Igor desconversou. Em poucas palavras, deixou seu ídolo reinando com a fama de bonitão.
– Ah, o Kaká é o Kaká (risos).
Pronto! Começou a acabar!!