Jean é apresentado no São Paulo e diz: “Rogério tem uma linda história, e eu estou vindo construir a minha”

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GloboEsporte.com

Leandro Canônico e Marcelo Hazan

Goleiro assina contrato de cinco anos e fala sobre comparação com Ceni por conta das faltas

ean, de 22 anos, foi apresentado nesta terça-feira como reforço do São Paulo. Contratado em dezembro do ano passado, o goleiro treina com o elenco desde o dia 3 de janeiro, quando o Tricolor iniciou a pré-temporada no CT da Barra Funda.

Jean veio credenciado por boas atuações pelo Bahia. Mas não só isso. Ele também bate faltas, assim como fazia Rogério Ceni, goleiro-artilheiro que fez 131 gols pelo São Paulo.

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Durante um treino do Bahia na Academia de Futebol do Palmeiras, em 2016, Jean fez um gol de falta na atividade e saiu gritando que era Rogério Ceni – ídolo que também foi técnico tricolor no primeiro semestre do ano passado.

Veja a íntegra da apresentação do goleiro Jean no CT tricolor

Veja a íntegra da apresentação do goleiro Jean no CT tricolor

Veja o que o novo goleiro do São Paulo falou sobre essa comparação:

– O Rogério com certeza é um ídolo pra mim, uma referência. Em 2016 viemos treinar aqui ao lado e eu estava treinando uma falta e fiz o gol e uma brincadeira. Toda criança já brincou em falar que era o seu idolo. Não quis me comparar a ele, foi apenas uma brincadeira. Rogério tem uma linda história, e eu estou vindo construir a minha – disse Jean.

Jean diz que prioridade é defender, não cobrar faltas (Foto: Maurício Rummens/Agência Estado)

Jean diz que prioridade é defender, não cobrar faltas (Foto: Maurício Rummens/Agência Estado)

Destaque do Bahia no último Campeonato Brasileiro, Jean assinou contrator por cinco temporadas com o São Paulo. O clube do Morumbi pagará R$ 9,8 milhões por 75% dos direitos econômicos do goleiro. Esse valor será dividido em dois anos.

Neste primeiro momento, Jean vai disputar posição diretamente com Sidãio, que terminou a temporada passada como titular do Tricolor.

– Não tem briga. Se tiver, é uma briga saudável. O Sidão terminou bem o ano. Mas o jogador é escalado treinando. Estou aqui para somar e ajudar dentro e fora de campo – completou Jean, que vestiu a camisa 1 dada pelo coordenador Ricardo Rocha; Sidão, que terminou o ano como titular, continua com a 12.

Jean veste a camisa 1 do São Paulo (Foto: Leandro Canônico)Jean veste a camisa 1 do São Paulo (Foto: Leandro Canônico)

Jean veste a camisa 1 do São Paulo (Foto: Leandro Canônico)

Leia abaixo outros trechos da entrevista de Jean:

Sombra de Rogério Ceni: peso por substituí-lo?

– Sidão terminou o ano muito bem, mas a torcida ainda não pegou aquela referência de goleiro como o Rogério era. Ele é um ídolo. Não é um ano ou dois que vão tirar esse peso do Rogério. Quem está aqui tem de fazer sua história. Rogério será sempre lembrado. Cada um tem de trabalhar para fazer sua história, sem se comparar a ninguém.

Cobrança de faltas

– A minha prioridade é defender, ajudar lá atrás e dar a vida. Vou continuar treinando e batendo faltas. Se um dia tiver a chance, estarei preparado.

Conversas com Dorival

– Ele conversa muito com o grupo, não com um em si. Ele passa o que quer dentro de campo. Os quatro goleiros estão executando. Sou fã do Neuer e do Bravo, o Ederson também tá fazendo um grande trabalho com os pés. O Ter Setegen também, do Barcelona. São goleiros que estão fazendo um grande trabalho.

Novo São Paulo em 2018

– Infelizmente não foi um momento bom em 2017, com briga contra o rebaixamento. Mas agora volta da estaca zero. Saíram Hernanes e Pratto, são grandes jogadores, mas trouxemos Diego Souza e temos grandes jogadores aqui que podem dar a resposta.

Por que escolheu ser goleiro?

– Acho que vem de berço, está no sangue. Tenho uma foto na qual meu pai colocou uma luva no berço. Por vivenciar e ver meu pai sempre no gol e ir aos treinos assistir foi fundamental para decidir ir para o gol.

Falta contra o São Paulo no Morumbi

– Não estava concretizado (naquele momento). Dou a vida pelo clube que defendo. Queria ganhar o jogo. Na falta fui lembrando no caminho que o Rogério fez muitos gols ali. Infelizmente, ou felizmente agora, né, não sei, a bola não entrou.

Quais problemas teve?

– Comecei a jogar com 18 ou 19 anos. Fui para a final na Copa do Nordeste, falhei em um gol e perdemos o título. Muitos falavam que minha carreira acabaria no Bahia. Sempre estive pronto, e a personalidade foi fundamental para dar a volta por cima e ser campeão sem sofrer gols dentro de casa.

Torcida do São Paulo gritou seu nome no Morumbi

– Sim, consegui ouvir. Estava concentrado, mas eram 60 mil torcedores. Não foram todos. Mas aquilo me deixou emocionado e motivado. A torcida me motivou a vir e foi fundamental na luta contra o rebaixamento.