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Alexandre Lozetti
Técnico peca, mas não tem ajuda da diretoria, que, de novo, errou ao planejar elenco.
Se o São Paulo optar por demitir os responsáveis pelo mau momento terá de começar pela sala da presidência, passar por quem planejou os últimos elencos – haja diretor! –, até chegar a Dorival Júnior, que tem escalado e substituído mal, como se quisesse mostrar aos superiores que as decisões tomadas por eles no mercado de transferências foram equivocadas. E foram.
É importante compartilhar responsabilidades a cada tropeço – afinal, eles se acumulam há nove anos. Mais do que a derrota da última quarta-feira, quando o São Paulo perdeu por 2 a 1 para o Ituano e jogou um futebol razoável por cerca de 15 minutos, a pior notícia no Morumbi é que nem a chegada de ídolos à diretoria criou uma sintonia de trabalho entre ela e o técnico.
Analisar o primeiro tempo seria o cúmulo da repetição. Mais uma vez, entrou em campo um time lento, paupérrimo de criatividade no meio-campo e sem velocidade pelos lados. A soma desses fatores provocou uma overdose de cruzamentos, todos errados. Abaixo, um compilado só dos primeiros 15 minutos.
Em desvantagem, Dorival decidiu trocar Nene e Diego Souza por Valdivia e Tréllez. A primeira substituição foi correta, tardia e deveria ser mantida para as próximas rodadas. Mas sobre Diego Souza cabe um debate: ele fez, na etapa inicial, boas movimentações, mas os buracos coletivos as tornaram inúteis. A saída do centroavante da área seria próspera se houvesse jogadores de velocidade para triangularem ou preencherem o espaço que ele abre.
O time melhorou pouco. A troca de Nene por Valdivia permitiu a Reinaldo ter um corredor aberto para apoiar e chegar ao fundo, como, por exemplo, no lance do gol de empate. Mas os bons momentos só aconteceram por empolgação.
Logo a pobreza coletiva se restabeleceu, a ponto de o autor do gol da vitória do Ituano, o grandalhão Alison, estar sendo marcado pelo pequenino Cueva, enquanto Militão, Rodrigo Caio e Jucilei nada faziam na grande área.
O São Paulo erra demais. Do mais alto escalão a todos os jogadores. Em Itu, Bruno Alves recuou para dar condição a Ronaldo e depois parou no primeiro gol. Rodrigo Caio caiu ao afastar bola em lance que originou o segundo. Cueva errou passe decisivo, perdeu gol e pênalti. Marcos Guilherme, um oásis de velocidade, admitiu ter “errado tudo”. E por aí vai…
O slogan “#abasevemforte”, propagado pelo clube em janeiro, acabou na primeira partida do ano, quando os garotos foram derrotados pelo São Bento, melhor time do interior. Depois daquilo, de apenas um jogo, alguns daqueles atletas jamais voltaram a campo.
Dorival reclama dia sim, dia sim, do insano calendário de início de temporada, mas repete a formação toda quarta e domingo. Falta de convicção, de ideia, de projeto, de conceito e de receber segurança dos chefes. E com isso, Jucilei, o mais regular, teve lesão muscular.
As lacunas do elenco são claras desde o ano passado, e não foram preenchidas. Os únicos meias criativos do São Paulo são garotos ainda longe da formação ideal, casos de Shaylon e Lucas Fernandes. Quem julgou que Nenê poderia substituir Hernanes errou feio. Os pontas velozes que Dorival queria também não foram contratados.
O São Paulo se especializou em tomar decisões erradas. Enquanto não houver convicção e sintonia de todos, restará ao torcedor assistir aos vídeos de épocas gloriosas.
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