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O técnico Dorival Júnior, do São Paulo, chamou para si a responsabilidade da derrota para o Ituano, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, no Estádio Novelli Júnior, em duelo atrasado da sétima rodada do Campeonato Paulista.
“Derrotas são coletivas, não são de jogadores. Não vou fugir da minha responsabilidade. Realmente não fizemos uma boa partida, diferente do resultado de domingo. Uma partida bem abaixo do que poderíamos jogar”, reconheceu o treinador.
A admissão da culpa pelo revés, reiterada várias vezes durante entrevista coletiva, é uma retratação de Dorival aos jogadores, após falar que “treinador não faz gols” ao explicar a derrota por 1 a 0 para o Santos, no último domingo, no Morumbi.
“Coloco frequentemente aos jogadores: a função do treinador é levar o time até o último terço do campo, com trabalho, posicionamento e movimentação. Do último terço para frente, os jogadores têm liberdade. Fui mal interpretado, como se tivesse responsabilizando os jogadores. Não falei isso”, defendeu-se.
Nesta noite, o São Paulo foi para o intervalo perdendo por 1 a 0 após ser dominado pelo Ituano no primeiro tempo. Com as saídas de Nenê e Diego Souza, o time voltou melhor para a etapa final e empatou com Cueva, aos seis minutos. Pouco depois, porém, em nova falha da defesa tricolor, os mandantes retomaram a vantagem.
No último minuto da partida, Cueva desperdiçou pênalti sofrido por Tréllez e defendido pelo goleiro Vagner, ex-Palmeiras. Repetindo raciocínio das últimas entrevistas, Dorival se mostrou otimista e convicto no sucesso de seu trabalho à frente do São Paulo.
“Tenho consciência de que desenvolvemos um grande trabalho, que pode evoluir muito. Não tenho dúvidas de que o São Paulo vai chegar àquilo que quer”, analisou. Xingado por torcedores no Morumbi e nas redes sociais, o cada vez mais pressionado treinador garantiu ter o respaldo da diretoria do clube.
“Sinto apoio e estão acompanhando o trabalho no dia a dia. Não me preocupo muito com isso, sou um profissional consciente e atento a tudo o que acontece no clube. Já passamos por um momento bem mais difícil no ano passado”, rememorou, referindo-se à briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
“Trago naturalmente uma situação passada porque tivemos cinco semanas seguidas com jogos sem possibilidade de treinamentos. Na virada do turno falei que teríamos outra postura e isso aconteceu. Como falei que haveria oscilação nesse começo de ano. Confio muito no grupo. Podem esperar que as coisas vão acontecer”, concluiu.