R. Caio pede paciência à torcida por conta das mudanças no elenco

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GazetaEsportiva.net

Marcelo Baseggio

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Rodrigo Caio disputa sua oitava temporada como jogador profissional do São Paulo. Após estrear em 2011, o zagueiro já soma 262 jogos com a camisa tricolor e se tornou um dos líderes do elenco. Por isso mesmo, o camisa 3 não esconde sua insatisfação com o delicado momento de sua equipe neste início de ano. Apesar de reconhecer o desempenho abaixo do esperado, ele também expôs alguns pontos que ajudam a entender a falta de encaixa do time do Morumbi.

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“Nosso elenco tem muita qualidade, mas mudou bastante de 2017 para este ano. Tento ajudar da melhor maneira a cada dia, porque é o meu perfil. Não é fácil montar um time com novos jogadores e desempenhar um grande futebol. Nós precisamos de um tempo de adaptação. Agora não é hora de ficar falando. Precisamos trabalhar para evoluir e seguir em busca dos nossos objetivos”, disse Rodrigo Caio à Gazeta Esportiva.

O zagueiro tem razão. O técnico Dorival Jr iniciou a pré-temporada sem muitos de seus atuais comandados. Nomes como Anderson Martins, Diego Souza, Nenê, Tréllez e Valdívia acertaram com o São Paulo pouco antes da estreia no Paulistão ou então já no decorrer do Estadual. Além disso, a necessidade de o treinador encontrar uma forma de jogar que reúna os atletas mais tarimbados também acabou prejudicando o processo de construção da equipe.

 

Vale lembrar também que o principal pedido do técnico são-paulino à diretoria foi a vinda de atacantes de velocidade, características que não constam nos reforços trazidos por Raí e Ricardo Rocha. Desta forma, Dorival Jr, sem muito tempo para isso, trabalha para adaptar sua forma de jogar ao estilo dos atletas que tem à disposição. O próprio comandante admitiu em entrevista que as contratações de Nenê e Tréllez não foram indicadas por ele.

Detentor de um dos melhores centros de treinamento para categorias de base do País, o São Paulo até ofereceu a Dorival Jr jogadores com essas características. Brenner, Caíque, Marquinhos Cipriano e Paulo Boia se enquadram naquilo que o treinador deseja, porém, os garotos acabaram sendo preteridos pelos “figurões”. Brenner, por exemplo, começou a temporada como titular e foi o responsável pelos únicos gols do Tricolor no clássico contra o Corinthians e na vitória sobre o Madureira, pela Copa do Brasil, porém, perdeu espaço com a chegada de Nenê.

“Acredito que é um processo de transição, que leva tempo. Depende muito do momento do clube. Não é fácil subir um garoto da base e colocar para jogar. Existem inúmeros outros fatores”, afirmou Rodrigo Caio, que recentemente teve um companheiro de posição revelado em Cotia, o Rony, emprestado ao CSA-AL. “Às vezes, é melhor o menino sair, atuar em outro clube e voltar com mais experiência. O fato de ele sair não quer dizer que não tenha qualidade”.

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