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Menon
Dorival Jr é um homem honesto, trabalhador e corajoso quando aponta as mazelas da CBF. Falta brilho para ser um grande na profissão. Ao deixar o São Paulo, disse ao Praetzel que ”fez o melhor”. Sim, sem dúvida. Fez o melhor, mas seu melhor é pouco.
Ele acredita sinceramente em um conceito de jogo, privilegiando posse de bola e no esquema 4-1-4-1. E, a partir daí, faz seu trabalho. Acredita na evolução por repetição. Treina, treina e vibra quando uma jogada ensaiada resulta em gol. Triangulação em um lado de campo e cruzamento para o outro lado. Alguns gols saíram assim.
Mas os resultados não vieram. E como mudar? Ele não sabe. Repete o trabalho. E chegou a dizer que um treinador não pode ser avaliado antes de um ano. Mesmo que, como no caso dele, tenha apenas 51% de aproveitamento.
Aonde a repetição de mesmos métodos e conceitos levaria o time? Procurem no Google Dorival + evolução. E Dorival + imediatismo. Há anos é o mesmo mimimi.
Dorival precisava ousar. Pensar fora da caixa. Bolar um novo esquema. Quem considera Petros inquestionável, não vai mudar nunca.
Falta luz, falta brilho a Dorival. Falta ruptura. É como um aluno estudioso e que nunca tira mais que seis.
Ele não é o único culpado. Em breve, falaremos de Raí.