Depressão e alcoolismo: o draDepressão e alcoolismo: o drama de Cicinho diagnosticado pelo Tricolorma de Cicinho diagnosticado pelo Tricolor

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GazetaEsportiva.net

Marcelo Baseggio

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Cicinho permaneceu por aproximadamente quatro meses no São Paulo em sua segunda passagem pelo clube, em 2010, no entanto, apesar de não ter se destacado dentro das quatro linhas como fez no período em que se sagrou campeão paulista, continental e mundial, o ex-lateral direito tem muito o que agradecer à agremiação por conta do tratamento que recebeu quando teve de superar uma depressão e o alcoolismo.

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O antigo camisa 2 tricolor não esconde que seus deslizes durante a carreira fizeram com que a sua trajetória no futebol fosse menos brilhante. Ciente de que o problema com o qual teve de lidar é constante entre os jogadores profissionais, Cicinho, agora aposentado, aproveitou os holofotes por conta do anúncio do fim de sua carreira para alertar outros atletas.

“O São Paulo tem sempre um trabalho de psicologia. A psicóloga fez algumas perguntas e ela detectou que eu tinha alguns problemas devido ao álcool. Sei que vivi uma depressão. Na minha opinião, existem vários tipos de depressão: a depressão do consumismo, depressão de ficar somente na cama, e a minha depressão eu escondia atrás do álcool. Não conseguia ficar um dia sem beber. Estava em um ponto que eu já não tinha mais condições de administrar o que eu tinha”, afirmou Cicinho.

  

“Vemos vários casos de depressão no futebol. Vimos o Nilmar, o Thiago Ribeiro, o Jô deu a volta por cima agora. Muitos até morrem por conta de problemas com a bebida, cigarro”, prosseguiu o ex-lateral-direito. “A vida não é somente dinheiro, comida e bebida. Bebida não combina com futebol. Não combina com nada. O atleta tem que se preparar. Me preparei para chegar no topo, mas não me preparei para me manter nele. Tinha conquistado tudo, joguei no São Paulo, Real Madrid, Seleção Brasileira”.

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Em 2010, Cicinho deixou a Roma, clube com o qual tinha vínculo, e acabou acertando com o São Paulo por empréstimo até o fim de junho. Após retornar com certo destaque para a disputa da Copa Libertadores, o lateral-direito acabou decepcionando e sequer participou do confronto decisivo com o Internacional, no qual o Tricolor acabou eliminado na semifinal do torneio. Na ocasião, Jean foi o escolhido pelo técnico Ricardo Gomes para assumir o setor.

“Como jogador de futebol me faltou somente uma coisa: um pouco mais de profissionalismo. Isso eu fiquei devendo em 2010 e sou grato ao São Paulo, porque fiquei devendo ao clube, que tinha toda uma expectativa quando voltei. O meu pensamento quando voltei era jogar seis meses e me aposentar, mas tudo foi superado. Graças a Deus, hoje tenho as portas abertas. O presidente [Leco] está aqui, isso demonstra o carinho que tem por mim”, concluiu.

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