Mais que vantagem, Aguirre valoriza fator psicológico da vitória do São Paulo

Mais que a vantagem, Aguirre procurou valorizar o fato de o São Paulo ter vencido um grande rival pela primeira vez no ano, independentemente do placar – na primeira fase do Paulistão, o Tricolor tinha perdido para o próprio Corinthians (2 a 1), Santos (1 a 0) e Palmeiras (2 a 0).

– Nosso objetivo hoje (domingo) era ganhar o clássico, o primeiro de 2018. Tínhamos que cortar coisas que talvez estivessem na mente dos jogadores, e ganhamos. A vantagem não é muito grande, mas é uma vantagem – disse o técnico uruguaio.

O São Paulo não vencia o Corinthians em um jogo eliminatório desde o dia 1º de maio de 2002, quando ganhou por 2 a 1 pela semifinal da Copa do Brasil, mas acabou eliminado pois havia perdido por 2 a 0 no primeiro duelo. Desde então foram 12 partidas, com oito derrotas e quatro empates.

A última vez em que o São Paulo eliminou o Corinthians foi na semifinal do Paulistão de 2000: vitórias por 2 a 1 e 2 a 0 para carimbar a vaga na final do torneio estadual, conquistado pelo Tricolor. Vale lembrar que, dentre os grandes paulsitas, o São Paulo é quem está há mais tempo sem ser campeão paulista: não conquista o torneio desde 2005. É o que Aguirre quer:

– Essa vitória é importante para que volte a mentalização do São Paulo para retomar um ciclo vitorioso. É nisso que estamos trabalhando desde o começo.

Mais uma vez, os jogadores do São Paulo bateram na tecla da “atitude” do time durante o jogo. Aguirre disse que esse jeito de se portar em campo é o que ele pede aos jogadores, mas com naturalidade, no dia a dia do trabalho:

– Eu não dei bronca. Eu só tenho 10 dias aqui. Tenho ideias de coisas que o time tem que ter, e uma delas é lutar, ter atitude, pressionar. O São Paulo precisa voltar a ter essa mentalidade vencedora – explicou o técnico uruguaio.

Na entrevista coletiva do outro técnico, Fábio Carille disse ter ficado revoltado com uma atitude de Diego Aguirre. Segundo o corintiano, o são-paulino não o cumprimentou nos vestiários do Morumbi antes do clássico – CLIQUE AQUI e entenda o caso.

– Foi uma coisa normal, eu estava focado no jogo, estava pensando nas coisas do jogo. Eu não o reconheci, é verdade, eu não estava pensando nisso. Os jogadores se cumprimentam, em jogos internacionais você vê isso após a partida. Quando acabou o jogo, eu fui falar com ele e pedi desculpas. Mas são coisas que ficam aqui. Eu nunca tive diferenças com nenhum treinador. Isso para mim acabou, fica aqui – explicou Aguirre, que chamou Carille de “treinador fantástico, atual campeão brasileiro”.

FONTE: GloboEsporte.com