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Leandro Canônico e Marcelo Hazan
Resultado do duelo com São Caetano poderá mudar rotina do clube.
Eliminar o São Caetano e manter vivo o sonho de ganhar um título, algo inédito desde 2012, ou cair para um time de menor expressão e ver a crise se instalar de vez no Morumbi.
O São Paulo joga muito mais do que uma partida de mata-mata nesta terça-feira, às 21h, pelas quartas de final do Paulistão.
No primeiro jogo, no Anacleto Campanella, o Azulão venceu por 1 a 0, e pode empatar no Morumbi para ir às semifinais. O São Paulo precisa de uma vitória por dois ou mais gols de diferença. Ou então vencer por um gol para levar a decisão da vaga para as penalidades.
Relação com a torcida, o futuro do trabalho de Diego Aguirre, mudanças de jogadores, direção, período sem jogos… Veja abaixo o que está em jogo para o Tricolor.
Se avançar…
- Diego Aguirre terá mais calma para trabalhar o time e desenvolver sua filosofia de jogo. O técnico também ganhará moral pelo sucesso com as seis mudanças feitas na equipe para a partida.
- Uma nova formação começará a se consolidar. O provável Tricolor para o jogo é o seguinte: Sidão; Éder Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Liziero e Nenê; Marcos Guilherme, Valdívia e Tréllez. Sob o comando do interino André Jardine, o São Paulo apostou em uma equipe mais veloz e jovem diante de RB Brasil e CRB. Deu certo. Com os mais experientes e uma formação parecida com a escalada por Dorival Júnior, o time voltou a mostrar apatia e perdeu o primeiro duelo para o São Caetano. A postura da equipe na ocasião, aliás, irritou a diretoria.
- A moral do time subiria com a primeira virada importante do ano. Reverter um placar em um mata-mata daria a esperança de que o Tricolor consegue reagir em momentos difíceis.
- A classificação daria uma trégua na relação com a torcida. O ano começou com apoio em alguns momentos e protestos em outros.
- O sonho de encerrar o jejum de títulos continuaria vivo. O São Paulo não ganha o Paulistão desde 2005 e nenhum troféu desde 2012, quando conquistou a Sul-Americana.
Se for eliminado…
- A diretoria planeja contratar reforços, principalmente em função das possíveis saídas ao longo da temporada. Júnior Tavares, Cueva e Éder Militão, por exemplo, têm futuro incerto. A eliminação poderia acelerar esse processo e causar trocas no elenco.
- A pressão da torcida aumentaria ainda mais por um título, o que só poderia ocorrer no segundo semestre com Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão. O estadual é a única chance de levantar uma taça agora.
- O São Paulo poderá ficar sem jogar por um período. O tempo varia: o próximo jogo confirmado no calendário é o duelo com o Rosário Central, dia 12 de abril, pela Sul-Americana. Mas as partidas contra o Atlético-PR, pela quarta fase da Copa do Brasil, estão indefinidas: as datas disponíveis são 4 e 5, 11 e 12 (descartada para o Tricolor justamente por conta da Sul-Americana) e 18 e 19 de abril.
- Diego Aguirre começaria o trabalho com o peso de uma eliminação, embora não haja possibilidade de demissão. Ele teria de fazer mais testes em busca do time ideal, com a temporada em andamento e sob pressão.
- O Tricolor acumularia mais uma eliminação no estadual. Desde 2005, ano da última conquista, o time caiu para Corinthians (2009, 2013 e 2017), Audax (2016), Penapolense (2014), Santos (2010, 2011, 2012 e 2015), Palmeiras (2008) e São Caetano (2007). A equipe não joga uma final do Paulistão desde 2003 (nos anos de 2005 e 2006 a competição foi disputada por pontos corridos, e em 2004 o Tricolor caiu para o São Caetano).
Eu acho que o São Paulo passa pelo São Caetano, vamos brigar de igual para igual estamos no mesmo nivel, quem sabe a gente se classifica nos penaltis.
Só passa se tiver ajuda da arbitragem.
Essa diretoria tem que entender de uma vez que um time se faz com bons jogadores