UOL
Bruno Grossi
Ricardo Nogueira/Folhapress
São Paulo tem o desejo de modificar o Morumbi para concorrer com arenas rivais
Uma reforma mais profunda do Morumbi segue sem previsão para acontecer, mas isso não significa que o São Paulo esteja satisfeito com o que seu estádio proporciona em seu formato atual. Principalmente quando a comparação é feita com o sucesso das modernas arenas dos rivais Palmeiras e Corinthians, com altas médias de público e uma sólida fonte de renda. Por isso, o Tricolor se organiza para buscar alternativas que tornem a sua casa mais rentável e, acima de tudo, mais atraente para o torcedor.
Como não há possibilidade de uma modernização no momento, a solução foi identificar demandas da torcida e aplicá-las à realidade do estádio. E isso passa por elementos mais complexos, como viabilizar vagas de estacionamento, até ações mais básicas, como perceber que o público que vai ao Morumbi hoje sente falta de opções mais tradicionais de alimentação e poder comprar produtos ligados ao clube – nos dois últimos jogos em casa, o São Paulo vendeu modelos de copos colecionáveis.
Concorrência por shows
O Morumbi sempre esteve vinculado à história dos grandes shows internacionais no Brasil. Desde que o Allianz Parque foi inaugurado, porém, esse protagonismo perdeu força e o próprio São Paulo admite que ficou para trás. A casa tricolor hoje depende dos chamados “mega-shows”, que precisam de uma área maior para o público, mas que acontecem com frequência menor do que os espetáculos que o estádio palmeirense tem recebido – em menos de uma semana, os rivais tiveram apresentações de Phill Collins e Foo Fighters.
Para bater de frente com o Palmeiras, o São Paulo prepara novos formatos para receber shows no Morumbi. A ideia é montar opções diferentes de plateias, mudando o posicionamento do palco no gramado. Com essa variação de tamanhos, seria possível concorrer com os alviverdes e até com casas de show de menor porte. Outro obstáculo do Tricolor em relação ao rival está na localização dos estádios. O Allianz Parque está próximo da estação Palmeiras-Barra Funda, da Linha 3-Vermelha do Metrô, enquanto o São Paulo espera que, após atrasos consecutivos desde 2012, a estação São-Paulo Morumbi, da Linha 4-Amarela, seja entregue até o fim de julho deste ano.
Estacionamento
Se a Arena Corinthians não entra nessa disputa pelos shows, ela é referência em outro ponto: estacionamento para torcedores. O Corinthians fala em cerca de três mil vagas, facilitando a vida de quem vai de carro para o estádio e ajudando nas finanças do clube. O Allianz Parque também apresenta o serviço, mas em menor escala, com 1,5 mil vagas. Na arena palmeirense, os torcedores param seus veículos conforme ordem de chegada, enquanto em Itaquera é preciso reservar uma vaga com antecedência.
O São Paulo entende que essa é uma das urgências para o Morumbi, mas tem dificuldades para viabilizar qualquer projeto. Já cogitou-se em gestões anteriores a construção de um edifício-garagem, em realidade distante para o momento, mas a diretoria quer dar os primeiros passos com uma estrutura já existente no estádio. Há cerca de 300 vagas em um pequeno prédio dentro do Morumbi, que costumam ficar para conselheiros e convidados. A ideia é comercializar pelo menos parte dessas vagas para mostrar ao clube como a prática pode ser rentável.
Concept Hall
Considerada a área mais nobre do Morumbi, o Concept Hall passou por anos de certo esquecimento, principalmente durante a gestão de Carlos Miguel Aidar. Aos poucos, no entanto, o espaço comercial do estádio foi se recuperando. O São Paulo prepara novas atrações para este ano. Uma é a volta da livraria Nobel, sempre exaltada nos tempos de Juvenal Juvêncio e que está perto de firmar contrato para reabrir a unidade no local, acompanhada de um café. A outra pode vir no pacote do acordo com a Adidas, nova fornecedora de material esportivo: reativar a megaloja no Morumbi. O formato foi inaugurado com a Reebok, seguiu com a Penalty, mas não foi levado adiante pela Under Armour no contrato atual.
O Concept Hall também ganhará melhorias em relação à comodidade dos clientes e torcedores. O São Paulo está fazendo ajustes no bolsão do portão principal e na rampa de acesso para a área comercial para que sirvam de estacionamento em dias sem jogos no Morumbi. A medida facilitará o acesso aos restaurantes, lojas e academias e ainda servirá para o Tricolor como uma nova fonte de renda. Essa era uma demanda antiga das atrações do espaço.
Tricolor x Ferroviária, no #Morumbi, terá modelos de copos à venda: um alusivo à camisa II e outro histórico, referente à conquista do bicampeonato Brasileiro de 86! O valor é R$10, e eles estarão disponíveis com ambulantes identificados em todos os setores do estádio ?? pic.twitter.com/
ueZ5hgKhdL
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) 24 de fevereiro de 2018
Alimentação
A substituição do Habib’s pela Team Eventos na comercialização de alimentos durante as partidas no Morumbi tem sido muita exaltada no São Paulo. O clube acredita que a exclusividade da antiga parceira já havia saturado, tanto no gosto da torcida como no modelo de contrato, que beneficiava muito mais a rede de fast food. Com a Team Eventos, demandas como pagamento com cartão – mesmo com ambulantes – e um cardápio mais variado foram atendidas. A empresa deve instalar suas bases fixas por todo o estádio entre o fim de março e o início de abril.
Para montar o cardápio, o São Paulo e a Team Eventos procuraram entender as vontades do público e foi notado um distanciamento dos torcedores em relação a opções mais “gourmet”. Por isso a decisão de levar o ambiente do entorno do Morumbi para as arquibancadas, vendendo até mesmo o tradicional lanche de pernil. A variedade de produtos, a operação mais eficiente da nova parceira e o modelo do contrato deixam o Tricolor otimista para tornar a venda de alimentos e bebidas uma fonte de renda mais potente do que nos últimos anos
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Só precisa de uma coisa: estender o anel do meio até o campo…ia ficar um rampão com pressão total…nem cobertura precisa, só isso já muda tudo…e em jogos d pouco público só libera esse anel inferior…o.morumbi vazio mais atrapalha do q ajuda.
Pelo menos i MORUMBI é nosso, a arena do Palmeiras é de terceiro e arena Itaquerão nem sei de quem é, só sei que não é dos Galinhas, pra mim é MINHA CASA MINHA VIDA. (governo).
Desde que não mexam na concepção original do Villanova Artigas, tudo bem.