São Paulo: Raí cita perfil agregador e estilo linha-dura ao justificar contratação de Aguirre

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  • Ale Cabral/AGIF

    Raí durante a apresentação de Diego Aguirre como treinador do São PauloRaí durante a apresentação de Diego Aguirre como treinador do São Paulo

A escolha de Diego Aguirre como treinador do São Paulo surpreendeu alguns torcedores. No entanto, na visão do departamento de futebol tricolor, a opção pela contratação do uruguaio era a mais lógica. Segundo o diretor de futebol executivo de futebol do clube, Raí, o técnico chega com um voto de confiança dos dirigentes também por seu estilo linha-dura e pelo perfil agregador.

“É um cara superatualizado que tem métodos de treinamento interessantes, um cara agregador, que sabe mexer com o grupo. Eu o conheci lá atrás. Além da unanimidade entre nós, a gente buscou referências de pessoas que trabalharam com ele. As referências foram as melhores possíveis. E estava livre. É alguém que a gente acredita bastante por isso, busca essa atualização contínua, é agregador, mas cobra. E nos times que passou, ele colocou um padrão de jogo interessante”, disse o diretor, em entrevista ao Sportv.

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Ídolo do São Paulo, Raí assumiu o cargo no fim de 2017, quando substituiu Vinícius Pinotti. Como dirigentes, além de modernizar o setor, o ex-jogador espera delegar responsabilidades e contar com especialistas em cada área.

“Para você assumir uma responsabilidade como dirigente, tem que ter experiência, tarimba. Mas é uma questão de equipe. Estou fazendo com gestores de nutrição, fisiologia, preparação física, cada um traçando suas metas, planos de ação. O São Paulo sempre foi pioneiro. O que mudou? O que a gente pode fazer de melhor? Eu não tenho conhecimento para avaliar nutrição, fisiologia… E a gente pode trazer pessoas para avaliar. Cada um quer transformar sua área na melhor que existe. Meu plano de ação é acompanhar o de vocês. Você sabendo distribuir isso, os resultados vêm com o tempo”, explicou o ex-jogador, que conta com Ricardo Rocha e Lugano no departamento de futebol.

“É um cara [Ricardo Rocha] que tem muitos contatos. Quando parei de jogar, cheguei para o presidente na época e falei que gostaria que investissem na minha formação. Isso foi em 2000. Por que eu citei isso? Porque o Lugano saiu e está tendo o caminho que eu achei para mim. Escolhi o Ricardo e outras pessoas, preparador físico, o Pedro [Campos], ele tem dez anos de São Paulo, veio da base. Está vindo Aguirre com preparador físico. Eu falei para o Pedro, você vai trabalhar com o do Aguirre, quer que vocês se integrem, mas eu quero investir em você. Nesses próximos dois anos você vai me dizer o que quer fazer de especialização, estágio. Possibilidade de crescimento, capacitação para essas pessoas pouco a pouco irem assumindo”, completou Raí.

Apesar de pouco tempo como dirigente, o ex-jogador pretende ajudar o São Paulo a voltar para o caminho de vitórias. Antes acostumado a figurar sempre entre os ponteiros, o clube não conquista um título desde a Copa Sul-Americana, de 2012. Já o último Brasileiro vencido foi em 2008 e o Paulista em 2005.

“O São Paulo quando eu cheguei como atleta, já era um grande time, um exemplo para outros clubes, estava à frente. Todos os jogadores queriam jogar no São Paulo, inclusive eu. Peguei uma fase vitoriosa, que transformou o São Paulo, que já era grande, em um time popular. O fato de se transformar ainda maior, tem mais cobrança. Agora tem uma massa de torcedores muito maior, o que é bom. O futebol caminha para isso, cobrança mais intensa, próxima, principalmente quando você vem de uma série de temporadas com dificuldades. A gente está reavaliando tudo, a mínima questão que tem ser colocado é o porquê dessas últimas temporadas. Essa competição também é fora de campo, passar os outros, em gestão, tecnologia e estar à frente em outros aspectos.”

1 COMENTÁRIO

  1. Linha Dura?

    Mas esse foi justamente o motivo principal para a contratação do Aguirre, o fato de não ser linha dura para não estressar nossas estrelinhas.

    Cada dia que passa eu entendo menos o Raí, a cada momento ele se contradiz.

    Espero que o Aloísio Chulapa TB não invente de ser diretor