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Mais novo reforço do São Paulo, o centroavante Gonzalo Carneiro é pouco conhecido da torcida tricolor e chega como uma aposta do clube. Mas é boa a fama que carrega do Uruguai, onde atende pela alcunha de “A joia”, uma vez que é considerado um dos jogadores mais promissores de seu país natal.
Após uma temporada em que marcou 13 gols em 35 jogos, Carneiro chamou atenção do compatriota Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do São Paulo, que indicou sua contratação. Aos 22 anos, o atleta assinou um contrato de três temporadas com o clube do Morumbi, que pagou 800 mil dólares (R$ 2,6 milhões) ao Defensor-URU.
No entanto, a trajetória de Carneiro como jogador começou em outro clube de Montevidéu. Em 2006, quando tinha 11 anos de idade, passou a integrar as categorias de base do Danubio, que fica no mesmo bairro onde ele morava – Curva de Maroñas.
E por lá ficou até 2015, quando se transferiu para o Defensor. Sua estreia como profissional se deu em outubro do mesmo ano, numa partida contra o Huracán, da Argentina, na capital uruguaia, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Na ocasião, Carneiro entrou nos minutos finais e não conseguiu tirar o zero do placar, resultado que eliminou o time da casa.
Seu primeiro gol como profissional foi feito no dia 11 de setembro de 2016, véspera de seu aniversário de 21 anos. Acionado no final do duelo com a Sud América, pela terceira rodada do Campeonato Uruguaio, Carneiro precisou de apenas dois minutos para deixar a sua marca e decretar a vitória do Defensor por 2 a 0.
Novo Zalayeta?
Com 1,91m, Gonzalo Carneiro gerou a expectativa na imprensa uruguaia de ser o sucessor de Marcelo Zalayeta, ex-atacante também revelado pelo Danubio e que passou por clubes do exterior, como Juventus e Napoli, da Itália, e Sevilla, da Espanha, além de ter defendido a seleção uruguaia.
As coincidências entre ambos não se restringem apenas ao aspecto físico. Embora seja admirador do futebol de Luis Suárez e Diego Forlán, Carneiro tem Zalayeta como ídolo e fonte de inspiração.
“No momento, Suárez é o melhor jogador uruguaio no mundo. Também gostava muito de Forlán, mas Zalayeta foi meu exemplo a seguir. É conhecido da minha família desde antes do meu nascimento. E entrei (em campo) com ele como mascote. O conheço há mil anos e me apoiou muito”, revelou Carneiro, em entrevista ao jornal uruguaio Ovación, em 2017.
Versatilidade
Apesar da estatura, Carneiro se considera um atacante de mobilidade, que prefere atuar fora da área. Versátil, foi assim que, por muitas vezes, jogava pelo Defensor, enquanto o ex-companheiro Maximiliano Gómez atuava como centroavante.
“Meu jogo é totalmente diferente ao do Maxi. Sempre falávamos entre nós que eu jogava mais recuado e Maxi gostava mais de ser o 9. Mas, às vezes, trocávamos de posição. Eu me sinto bem nas duas funções. E também posso jogar de meia”, analisou o jogador.
Na mesma entrevista, ambicioso, o atacante já dava indícios de que poderia deixar o Defensor. “Hoje gostaria de ir para o exterior, a um bom clube para seguir crescendo e algum dia poder jogar na seleção”, disse o jogador, que, na época, não sabia que esse clube seria o São Paulo.