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Liziero foi promovido ao elenco profissional do São Paulo dia 9 de março. Pouco tempo depois já estava em campo, tentando ajudar a equipe da melhor maneira e lutando para provar seu valor, tão estimado durante a carreira nas categorias de base do clube. Menos de um mês de experiência na Barra Funda, depois de bons jogos e um forte baque ao desperdiçar o pênalti que culminou com a eliminação do tricolor na semifinal do Campeonato Paulista, diante do arquirrival Corinthians, Liziero já desbancou Petros da formação titular e é hoje a grande aposta do técnico Diego Aguirre.
“É um jogador que não conhecia. Uma grata surpresa. Muita personalidade e um ótimo nível de jogo. Fiquei feliz porque ganhamos um jogador. Ele é menino, mas já está pronto. Vai nos ajudar muito porque pode atuar em mais de uma posição também”, comentou o treinador uruguaio, em entrevista à Espn.
Em compensação, Aguirre fez questão de adotar um discurso mais cauteloso e que pode ser interpretado como um recado aos fãs de Christian Cueva, e até mesmo ao próprio jogador. Muitas vezes visto como intocável por se tratar do atleta mais técnico do elenco, Cueva agora tem concorrência mais acirrada diante das chegadas de Nenê, Valdívia e Diego Souza. De volta ao time após defender a seleção peruana, é bom o camisa 10 apresentar o que se espera dele. Nessa quarta, contra o Atlético-PR, em Curitiba, Cueva fará apenas sua segunda apresentação sob o comando de Aguirre.
“É um jogador importante, como são todos. Ele deve estar preparado para quando for jogar e tem que demonstrar em cada jogo, porque para nós não importa os nomes, e sim o rendimento e os treinos de cada dia. Tomara que ele esteja bem, mas vai depender dele, assim como depende de cada atleta, para justificar a titularidade”, avisou o técnico, famoso por barrar medalhões e estrelas nos clubes pelo qual trabalhou antes de chegar ao São Paulo.
Nessa linha, Diego Souza deve receber novas oportunidades para se recuperar. O experiente meia-atacante custou caro, cerca de R$ 10 milhões, chegou para suprir a ausência de Lucas Pratto, recebeu a camisa 9, mas, em pouco tempo perdeu a titularidade e passou a ser muito cobrado pelos torcedores.
“Ele está trabalhando, buscando sua posição no time. Isso é o que eu posso falar. Ele está trabalhando bem e não temos nenhuma dificuldade com ele. Ele terá algumas chances e terá de aproveitar as suas oportunidades. Ele vive hoje um processo de adaptação de morar em São Paulo”, ponderou o comandante são-paulino.
E se a vida de Diego Souza já não andava muito fácil, a chegada de Gonzalo Carneiro vai forçar não só o camisa 9 como todos os jogadores de frente do grupo a se empenharem ainda mais para acabarem encostados no banco de reservas.
“É um jogador jovem com quem eu ainda não havia trabalhado. O São Paulo já negociava com ele antes de eu chegar, mas é um atacante de muita qualidade, de presença de área e irá nos ajudar muito. Foi uma boa contratação, precisará de tempo para se adaptar. Teve um problema de pubalgia, mas isso já ficou para trás”, comentou o técnico, compatriota do reforço vindo do Defensor-URU.
A deleção do São Paulo já está em Curitiba, hospedada e pronta para o embate contra o Furacão, marcado para às 21h45 dessa quarta-feira e válido pelo duelo de ida da quarta fase da Copa do Brasil.