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Marcelo Hazan
Atacante não joga desde novembro e foi referendado por ex-zagueiro, hoje dirigente tricolor.
O São Paulo apresentou no início da tarde desta segunda-feira o centroavante Gonzalo Carneiro, de 22 anos. Sem atuar desde novembro, por causa de uma pubalgia, o uruguaio disse que estava treinando com um preparador físico, e previu estar rapidamente à disposição do técnico, o compatriota Diego Aguirre.
– Fiz um grande trabalho à parte com um preparador do Nacional. Cheguei muito bem e sem dores, mas tem um tempo de adaptação. Rapidamente deverei estar no campo – disse Carneiro, que vestirá a camisa 19.
O nome de Carneiro no São Paulo é anterior à chegada de Diego Lugano ao cargo de superintendente de relações institucionais e do próprio Aguirre. Mas, depois de contratado, o ídolo tricolor referendou o atacante e ajudou a buscar informações.
Carneiro revelou a influência da presença do ex-zagueiro, capitão da seleção uruguaia por muitos anos, inclusive nas campanhas que levaram a equipe à semifinal da Copa do Mundo, em 2010, e ao título da Copa América, eliminando a anfitriã Argentina nas quartas de final, em 2011.
– Quando definiu e surgiu o nome do Aguirre (que substituiu Dorival Júnior no comando do São Paulo, em março), uma comissão uruguaia e o Lugano, que para os uruguaios é um ícone, o capitão… isso facilita a entender e ajuda a orientar, a me acostumar a jogar aqui – explicou o centroavante, que prefere ser chamado de Gonzalo e revelou também seu apelido, inspirado em outro atacante uruguaio.
– Sempre me chamaram de Gonzalo. Por ser parecido com Abel Hernandez me chamavam de “La joya” (a joia, em português).
O Tricolor pagou cerca de R$ 2,6 milhões por 50% dos direitos econômicos do uruguaio, que pertencia ao Defensor Sporting. Carneiro é o nono jogador contratado para a posição desde outubro de 2015, quando Leco assumiu a presidência do clube.
Raí, executivo de futebol, abriu a apresentação ressaltando a importância de trazer Carneiro agora, mesmo com seu antigo contrato tendo validade apenas até o meio do ano no Defensor.
– Pegamos informações há três meses. Ficamos felizes de trazê-lo ao São Paulo, havia outros interessados. O contrato lá acabaria em 31 de julho. Trazer neste momento é fundamental. A janela poderia fechar e ele não conseguiria jogar neste ano. A concorrência poderia crescer e dificultar a transação. Ele chegando nos deixa tranquilos para acompanhar sua recuperação e a adaptação final. Temos certeza que teremos um jogador que vai dar muitas alegrias ao São Paulo e mostrar seu potencial, cuja expectativa foi criada no Uruguai e em outros países.