‘Deve sentir saudade de mim’, diz Rogério Ceni sobre ‘provocação’ de Leco

2811

Do UOL, em São Paulo

  • Érico Leonan/saopaulofc.net

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, classificou Raí como “indiscutível maior ídolo” da história do São Paulo durante a apresentação do meia Everton, na semana passada. Mas a frase do presidente do clube, ao invés de passar o recado de respaldo ao atual diretor executivo de futebol, deixou mais a impressão de provocação gratuita a Rogério Ceni, a quem demitiu no ano passado após seis meses como treinador.

Ceni foi questionado sobre a entrevista de Leco nesta segunda-feira (23). O técnico do Fortaleza acredita que o dirigente deu uma opinião sincera, mas não perdeu a oportunidade de ironizar o desafeto.

Publicidade

“O presidente deve sentir saudade de mim, eu acho. Mas vejo como opinião, e acho que cada um tem o direito de se expressar. Espero que ele continue gostando do Raí como ele gostava de mim. Quando os resultados não vêm, as pessoas deixam de gostar de você”, contra-atacou o ex-goleiro em entrevista ao canal ESPN Brasil.

“Indiscutivelmente, o Raí talvez tenha sido, junto com o Zetti. Ele é uma referência para mim como postura de capitão. Considero o Raí, se não o maior, como um dos maiores da história do São Paulo”, complementou Ceni, que disputou 1.237 partidas como jogador do Tricolor, com 18 títulos conquistados.

Ceni e Raí se encontraram na semana passada, quando o diretor de futebol do São Paulo cedeu um dos campos do Centro de Treinamento do clube, na Barra Funda, para o Fortaleza trabalhar antes de compromisso pela Série B. O treinador disse ter sentido um bom ambiente no grupo, apesar dos resultados instáveis, como a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético-PR.

“[O técnico Diego] Aguirre me pareceu um cara sério, trabalhador. Espero que ele tenha respaldo para colocar o time no caminho certo. O carinho pelo clube sempre vai existir, não é porque alguém mandou embora ou falou besteira que vou torcer contra”, afirmou Ceni, que assegurou estar feliz no Fortaleza, sem projetar um retorno ao São Paulo no curto prazo – ou durante a gestão Leco, com término em 2020.

“Pela lógica, acho difícil {voltar ao São Paulo em breve], mas o clube contará sempre com o meu desejo por coisas boas. Seria até incoerente pensar em voltar agora. Quem sabe, num futuro distante, possa voltar. Não vivo de sonho.”

FONTE: UOL

3 COMENTÁRIOS

  1. Discussão tacanha.
    Esse presidente de meia tigela quer jogar a história do tricolor no lixo, mas jamais conseguirá.
    O SPFC tem e sempre terá ídolos, no plural.
    De friedenreich a Careca, de Bauer a Dario Pereyra, de Forlan a Zé Teodoro, de Poy a Zetti, de Leonidas, Gerson, Chicão, Serginhos, Oscar, Zé Sergio, Edvaldo.
    De presidentes inesquecíveis como Cícero Pompeu de Toledo e Marcelo Portugal Gouvea.
    Ídolos. De uma lista imensa.

    • Vejam quantos mais: Toninho Guerreiro, Canhoteiro, De Sordi, Mauro, Gino, Rui, Noronha, Waldir Peres, Getulio, Renato, Bezerra, Muller, Sidnei, Pedro Rocha.
      Tantos jogadores decisivos, como Mario Tilico, Ronaldo Luis, Hernanes, Aloisio.
      Cerezo, vencedor de duas libertadores e dois mundiais!
      Tantos que não cabem nesse espaço, mas habitam a memória da torcida.
      Reduzir a história grandiosa do mais importante clube do Brasil a um só ídolo é próprio de espíritos mesquinhos.