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Marcelo Hazan e Monique Silva
Revelado no Atlético-PR, jogador estará no local pela primeira vez como rival do mandante.
Revelado no Atlético-PR, Marcos Guilherme vai reencontrar a Arena da Baixada pela primeira vez como rival do Furacão. Nesta quarta-feira, às 21h45 9de Brasília), ele vestirá a camisa do São Paulo no duelo de ida da quarta fase da Copa do Brasil.
O tão mencionado tabu do Tricolor de nunca ter batido o Furacão no estádio tem contribuição do próprio Marcos Guilherme. Em 2015, ele fez o segundo gol da vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, pelo Brasileirão.
Ou seja, se aplicar a lei do ex contra o Atlético-PR, Marcos Guilherme poderá “pagar a dívida” pelo gol. No total, o São Paulo fez 17 jogos na Arena da Baixada, com 12 vitórias do Atlético-PR e cinco empates.
Embora Diego Aguirre tenha treinado uma formação no 3-4-3 sem Marcos Guilherme na segunda-feira, a atividade de terça-feira foi fechada e outra alternativa pode ter sido testada. Por isso, a escalação do meia-atacante, ou do próprio Petros (titular contra o Corinthians), não está 100% descartada.
De qualquer maneira, Marcos Guilherme está relacionado para o duelo em Curitiba e reviverá sentimentos da passagem pelo Furacão, onde se projetou para o futebol.
Caso entre em campo, Marcos Guilherme chegará a marca de 43 partidas seguidas desde a estreia pelo São Paulo (julho de 2017) e entrará no top 5 da história do clube no quesito. Ele poderá empatar com Benê, cuja sequência de 43 partidas foi feita em 1961. Friedenreich está no topo da lista, com 71 jogos na década de 30 – confira a lista abaixo.
Trajetória no Furacão
Desde que chegou ao Rubro-Negro, em 2009, Marcos Guilherme viu sua vida dar um salto em um piscar de olhos. Promovido à equipe principal em 2013, era uma espécie de 12° jogador do sub-23 no Campeonato Paranaense – entrava na maioria dos jogos, saindo do banco.
Disputou 15 partidas com a camisa rubro-negra, apenas uma como titular. Um ano depois, foi destaque do Atlético-PR no estadual, sendo artilheiro da equipe com oito gols e eleito a revelação da competição.
Em 2015, o jogador acumulou convocações para seleções de base e sonhava em disputar as Olimpíadas no Brasil, mas acabou ficando fora da lista.
A convocação para a Seleção era um projeto tanto do jogador quanto do próprio clube, que buscava a valorização para uma futura negociação. No ano seguinte, passou a ser perseguido e contestado pela torcida, ficando sem clima para continuar.
Marcos Guilherme chegou a ser apontado pelo então presidente do clube, Mario Celso Petraglia, em 2012, como “o maior talento da história do clube”. Em uma entrevista, quando defendia o Furacão, ele chegou a reclamar da “pressão exagerada”. No total, ele disputou 160 partidas pelo clube (contando amistosos) e marcou 21 gols.
Depois de sair do Atlético-PR, Marcos Guilherme ainda foi emprestado para o Dínamo Zagreb, antes de fechar com o São Paulo.
Confira os estreantes com mais jogos consecutivos pelo São Paulo
1º – Friedenreich – 71 jogos (1930 a 1932)
2º – Luizinho – 65 jogos (1930 a 1932)
3º – Clodô – 62 jogos (1930 a 1932)
4º – Siriri – 50 jogos (1930/31)
5º – Benê – 43 jogos (1961)
6º – Marcos Guilherme – 42 jogos (2017/18)