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O São Paulo divulgou um extenso relatório depois da gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, completar um ano. Desde 2015, o atual mandatário está no posto mais alto do clube, mas, até a eleição de abril de 2018 seu cargo se referia a um período tampão em função da renúncia do então presidente Carlos Miguel Aidar.
Obviamente o torcedor tricolor não está nada contente com a equipe. O time brigou para não ser rebaixado nas últimas duas edições do Campeonato Brasileiro e nessa temporada, assim no ano passado, o time caiu nas semifinais do Campeonato Paulista e na quarta fase da Copa do Brasil. A angústia se acentua por causa do jejum de títulos. O último foi a Copa Sul-Americana de 2012, que na ocasião também findou quatro anos sem conquistas.
Dessa forma, Leco tenta, com o relatório apresentado, mostrar as ações e benfeitorias de sua gestão que transcendem ao campo de jogo. E o ponto alto desse planejamento está na parte financeira.
Segundo o documento, o clube fechou em março um balanço com superávit de R$ 15 milhões. Além disso, a dívida caiu de R$ 170 milhões (registrada em 2015) para R$ 90 milhões, sem contar os R$77 milhões relacionados a débitos tributários foram equacionados com a adesão ao Profut. A dívida bancária é de R$ 45 milhões.
Obviamente Leco precisou remodelar a forma de administrar o clube para alcançar números favoráveis. O problema é que o elenco profissional de futebol acabou sofrendo com as consequências pela opção do presidente em não fazer qualquer esforço para segurar jogadores. Ao todo, desde que Leco assumiu o comando, em 2015, o Tricolor já vendeu 16 jogadores. Com isso, arrecadou R$ 254,7 milhões.
“Neste um ano de nova gestão, as mudanças que iniciamos começaram a surtir efeito e os resultados já aparecem com maior clareza. Resultados, estes, que tenho tranquilidade em dizer, foram enormes diante do cenário que encontramos. Hoje temos equilíbrio financeiro, celebramos o resgate de imagem que fica ilustrado em parcerias como as firmadas com a Adidas e o Banco Inter, e uma gestão modernizada que contempla um Conselho de Administração e uma Diretoria Executiva”, comentou Leco.
Com o caixa caminhando ao norte, o clube passa a analisar projetos para ampliar e qualificar sua estrutura já pronta. Dentre as ideias, chamam atenção o plano de reformar os vestiários do Morumbi, a compra de energia privada para o estádio e os estudos de acrescentar dois telões, um prédio garagem e uma reforma do anel inferior para aproximar as primeiras cadeiras do campo de jogo.
No CT da Barra Funda, a administração pretende remodelar o Reffis com um novo espaço e aprimorar as equipes de fisiologia, fisioterapia, nutrição e preparação física.
“O São Paulo sempre foi um clube vencedor em sua essência e nosso trabalho é para retomar essa trajetória de sucesso. Mas não bastam apenas bons jogadores, é necessário investir cada vez mais em infraestrutura, equipe de apoio e acompanhar o que é feito de melhor nos grandes centros. Esse está sendo justamente nosso grande desafio neste momento, investir em todo o entorno para garantir que nossos jogadores tenham contato com metodologias, equipamentos e profissionais de ponta. Ter uma estrutura moderna é a chave para potencializar o rendimento dos nossos atletas, o que nos trará certamente títulos e outras conquistas com o passar dos anos”, afirmou Raí, ídolo e hoje diretor executivo de futebol.