São Paulo: Com triunvirato, Leco se afasta da linha de frente no futebol do clube

1983

UOL

José Eduardo Martins

  • Marcello Zambrana/AGIF

    O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o LecoO presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco

A postura do presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, mudou neste ano. Com a entrada de Raí, Ricardo Rocha e Lugano na direção do clube, o mandatário saiu da linha de frente no futebol. Antes criticado por centralizar demais o poder, o dirigente passou a ser figura menos atuante no dia a dia e, aparentemente, mais flexível na hora de tomar decisões.

Tanto nas entrevistas coletivas quanto nos momentos polêmicos, quem deu as caras foi algum ex-jogador. Foi assim, por exemplo, quando o diretor executivo de futebol, Raí, anunciou a saída do técnico Dorival Júnior após a derrota no clássico com o Palmeiras, ou quando ele falou sobre a postura do Corinthians depois da vitória tricolor na semifinal do Paulista.

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Nas apresentações de reforços e até mesmo na do técnico Diego Aguirre, Leco também observou os diretores conversarem com a imprensa. No passado, porém, a postura era outra, Quando Rogério Ceni foi contratado para assumir o time, em 2016, por exemplo, Leco fez questão de fazer as honras e a introdução da entrevista coletiva.

Mas não é só no contato com a imprensa que o presidente tem aparecido menos. Até mesmo na reunião com outros dirigentes na Federação Paulista de Futebol, para definir as datas das quartas de final do Campeonato Paulista, Leco enviou um representante. No caso, o advogado do clube, Alexandre Pássaro, ficou responsável pelo São Paulo no encontro.

Na hora de tomar decisões, Leco também tem se mostrado disposto a ouvir e a ceder aos subordinados. Por exemplo, apesar de parte da cúpula do Morumbi ser contra a permanência de Dorival Júnior no início da temporada, o dirigente respeitou a opinião de Raí, Ricardo Rocha e Lugano para manter o treinador no cargo. Depois, quando todos optaram pela troca, ele aceitou de pronto a ideia de contratar Diego Aguirre, que chegou com a indicação de Diego Lugano. Tais casos também se repetiram nas negociações de jogadores.

Segundo pessoas próximas ao presidente, tal postura foi adotada como uma maneira de profissionalizar a gestão e descentralizar o poder. Desta maneira, ele delega autoridade a quem tem mais conhecimento sobre determinado assunto. Tal conduta era cobrada até mesmo por quem era contrário ao dirigente e reclamava de suposto exagero do mandatário na centralização do poder e nas interferências no departamento de futebol.

Os integrantes da oposição, por sua vez, acreditam que Leco não queira se expor neste momento de crise do São Paulo. Para eles, o trio de ex-jogadores serve de escudo para o dirigente, que já não é popular entre os torcedores

 

3 COMENTÁRIOS

  1. Eu queria dar uma palavra para os amigos Tricolores do site, eu tenho plena convicção que o nosso São Paulo vai evoluir mesmo com essa Diretoria de Velhos incompetentes, os mesmo jogadores e comissão técnica contratadas pela amizade, tenho a absoluta certeza que nós vamos ficar um bom tempo sem amargar uma derrota, total evolução vamos parar para a Copa do Mundo.