Bruno Grossi – Do UOL, em São Paulo (SP)
Marcello Zambrana/AGIF
Tricolor quer valorizar o camisa 9 para proteger o investimento feito em janeiro
O Vasco da Gama estava otimista com a possibilidade de ter Diego Souza por empréstimo até o fim da temporada. A ideia, aceitando pedida do São Paulo, era trocá-lo pelo garoto Evander durante o mesmo período. O negócio estava avançado, mas o Tricolor travou as conversas. O clube paulista entende que é preciso valorizar e proteger o veterano, alvo do segundo maior investimento para esta temporada.
A diretoria são-paulina já não se mostrava disposta a dividir os salários com o Vasco em um eventual empréstimo. Também havia resistência dos cariocas para incluir Evander na negociação. E após reuniões do departamento de futebol, ficou decidido que o momento não é propício para desistir de Diego. Foram R$ 10 milhões pagos ao Sport para contratá-lo em janeiro, valor que só é menor do que os R$ 15 milhões usados para tirar Everton do Flamengo nesta semana.
O Tricolor quer insistir e dar as condições necessárias para o camisa 9 reagir. Até aqui, ele disputou 17 partidas e marcou três gols. Há um consenso de que o meia-atacante precisa evoluir nos treinamentos para entrar na nova rotação do time, que passou a ser mais aguerrido e intenso sob o comando do técnico Diego Aguirre.
Mudá-lo de posição, prepará-lo melhor no CT da Barra Funda e dar suporte para essa reviravolta. Essas são algumas formas vistas pelo São Paulo para recuperar um “ativo importante” do clube. Só que os dirigentes entendem que será imprescindível a colaboração do jogador. Se ele não estiver disposto a se recuperar no Tricolor ou preferir mesmo uma transferência, as partes voltarão a conversar.
Para o jogo deste domingo contra o Ceará, Diego não foi nem sequer relacionado. Ele e Jucilei, que foi poupado, não viajaram com a delegação para Fortaleza, palco da partida da segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Do lado vascaíno, ter Diego Souza ainda é uma meta. Já foram feitas duas investidas, que acabaram fracassando. O São Paulo não está totalmente fechado a negociar, mas entende que não pode desvalorizar o próprio jogador como já foi feito recentemente com outros reforços.