UOL
José Eduardo Martins
- Marcello Zambrana/AGIF
Tréllez deve ser titular do São Paulo nesta quarta-feira, contra o Atlético-PR
O São Paulo tenta quebrar um tabu nesta quarta-feira (4), às 21h45, em Curitiba, pela Copa do Brasil. O time do técnico Diego Aguirre busca a sua primeira vitória contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Mas o fato de nunca ter ganhado no estádio – desde a inauguração em 1999 foram 12 derrotas e cinco empates – serve de incentivo para o atacante Tréllez.
“Faz diferença porque é uma motivação a mais, sabemos que é uma boa oportunidade de trazer um bom resultado de lá, para continuarmos pensando na Copa do Brasil. Sabemos que será um jogo difícil. É uma motivação a mais. Fomos eliminados há pouco do Paulista, a gente sabe que precisamos de um resultado importante para trazer a confiança de volta, para a gente acreditar e a torcida também estar ao nosso lado. Por isso, nunca ter ganhado lá é uma motivação a mais para nós”, disse o colombiano em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
O atacante se firmou entre os titulares com a chegada do técnico Diego Aguirre, em março. Com o uruguaio no comando, o Tricolor recuperou um pouco do respeito da torcida por causa do estilo imposto pelo novo treinador, que exige uma atitude combativa de seus pupilos. Tréllez, que participou de dois dos últimos três gols do São Paulo, passou a ser até referência de raça em campo.
“Sempre tive essa característica. Acho que é normal dentro do futebol, muitas vezes você errar um passe, ou um gol. São situação de jogo em que um adversário pode te forçar a errar. Isso é normal. Mas uma coisa que não podemos negociar é a atitude, não só no futebol. Em toda a vida precisamos ter uma atitude de quem quer vencer, de quem quer conseguir as coisas para poder lograr isso. Eu gosto de ajudar quando o time não tem a bola para marcar. Eu desfruto isso, também. Lógico que o gosto mais de fazer gols, mas desfruto também de ajudar o time.”
Confira os principais trechos da entrevista com Tréllez
Faltava garra com Dorival Júnior?
A gente tentava as coisas. É difícil, às vezes quando não saem os resultados se vê mais as coisas. Acho que sempre queríamos ter essa vontade em campo, mas, não sei o porquê, não saia, não acontecia. Agora, com Aguirre é algo que ele está colocando no time. Isso é bem importante, algo que em nível mundial faz diferença. Os times que vencem não só jogam bem, mas colocam intensidade no jogo. O nosso time tem qualidade, mas com intensidade e não deixando o adversário jogar vamos facilitar as coisas. Hoje em dia, se você for ver os times que ganham os campeonatos, eles não só jogam bem, mas fazem a diferença também quando não estão com a bola.
Aguirre
A verdade é que uma relação muito boa. Sou uma pessoa muito tranquila, nunca tive problemas com treinadores. Falo em espanhol com ele e com toda comissão, quando estou sozinho. Isso porque fica mais fácil. Falo português, não tem problema, mas logicamente o espanhol é a língua materna dele e a minha. Porém, no momento que tenho de falar alguma coisa diante de todo o time, falo em português e ele também.
Grama sintética
É muito melhor jogar no campo natural, mas temos de nos acostumar às diferenças que se apresentam em um campo como esse. Sabemos que a bola quica de um jeito diferente, às vezes é muito mais rápida. Então, o importante é entrar ligado e concentrado para conseguirmos o resultado importante para a gente.
Nota da redação: A Arena da Baixada tem grama sintética.
Pai
É boa a relação. Tenho algo bom, porque tenho duas pessoas que sabem muito de futebol, que são meu pai e minha mãe [Margarita Vivero]. Eles são os meus primeiros críticos. Isso é bom. Não são daqueles tipos de pais que falam que joguei bem quando fui mal. Eles vão meter o pé e dizer a verdade. São críticas construtivas e isso é bom e faz com que a gente cresça a cada dia.
Nota da redação: Tréllez é filho do ex-jogador da seleção colombiana John Jairo Tréllez, que se aposentou em 2006.
Mãe
Na casa da minha mãe, todos sempre gostavam de futebol, mas depois que casou com o meu pai, ela aprendeu tudo. Ela entende muito, sabe mais que muitos homens.
Conselhos do pai
Quando foi contratado pelo São Paulo, ele falou que eu tinha chegado ao maior time da América do Sul, que eles acreditaram em mim, que tinha vindo de um bom ano no Vitória, que eu deveria reafirmar as coisas que estava fazendo, precisava ter tranquilidade, porque eu trabalhando bem e fazendo coisas que sei fazer tudo iria bem. Falou para eu trabalhar muito. Ele sabe que tem adversidade no futebol e não podemos desistir.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-PR X SÃO PAULO
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data/hora: 4 de abril de 2018, às 21h45
Árbitro: Claudio Francisco Lima e Silva (SE)
Assistentes: Cleriston Clay e Ailton Farias (ambos do SE)
ATLÉTICO-PR: Santos, Thiago Heleno, Paulo André (Pavez) e Wanderson; Jonathan, Raphael Veiga, Guilherme, Matheus Rosseto e Carleto; Bergson e Nikão. Técnico: Fernando Diniz.
SÃO PAULO: Sidão, Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves; Militão, Jucilei, Liziero, Cueva e Reinaldo; Nenê e Tréllez. Técnico: Diego Aguirre.
Digo mais:
Vai baixar o Calleri no Trellez e o artista vai marcar três gols!
Apesar de jogar na retranca com três zagueiros com o retorno do Rodrigo Bonzinho Caio que não tem mercado no exterior, dizendo que tinha interesse da Real Sociedad ( 1º de abril) pega na mentira!!, acredito que o Tricolor não volte com uma derrota para o Atético Pr.