Diversas notícias veiculadas nesse começo de semana dão a entender que o nosso técnico cogita a volta da formação com 3 zagueiros. Mas não um 3-5-2, como estávamos acostumados, mas um 3-4-3.
O GE noticiou que o treinador uruguaio separou dez jogadores para as atividades, sendo eles: Rodrigo Caio, Arboleda, Bruno Alves, Éder Militão, Jucilei, Liziero, Reinaldo, Cueva, Nenê e Tréllez. As novidades, claro, são Rodrigo Caio e Cueva, nos lugares de Petros e Marcos Guilherme que voltam ao banco de reservas.
Ainda não dá para saber se essa será a formação que vai para campo contra o Atlético Paranaense, amanhã, na Arena da Baixada, mas é um alento ao torcedor que gosta da segurança dos 3 zagueiros. Particularmente eu entendo a saída do Petros que, apesar de roubar muitas bolas, consegue a proeza de errar o passe seguinte, sendo obrigado a roubar novamente e ficamos no ciclo eterno.
Entretanto, eu não tiraria o Marcos Guilherme. O peruano já demonstrou descompromisso com o São Paulo e, sinceramente, não vejo que esse atleta tenha a disposição necessária que precisamos para recompor e demonstrar a raça que o time veio demonstrando nos últimos jogos. É aquele sentimento que tem que ficar e ser duradouro, não o peso e falta de vontade, características que, infelizmente, são características marcantes de Cueva e Diego Souza.
Uma zaga com Arboleda, Bruno Alves e Rodrigo Caio é forte, tanto pelo alto, como pelo chão. Minha dúvida é: quem será o reserva deles, em caso de contusão ou suspensão? Aderllan e mais quem? É um ponto a se pensar. Do outro lado, com a formação do Aguirre, os laterais ajudam no ataque, com os pontas, buscando triangulações e, também, cruzamentos. Quem vai fazer esses gols? Trellez? Ou vamos apostar tudo no uruguaio que acabou de chegar, o atacante Carneiro?
Outro ponto de discussão: em uma formação com os laterais apoiando o ataque, vamos apostar na capacidade criativa do Militão ou o Regis, que chegou do São Bento, vai assumir essa ala?
Por ser um começo de trabalho, eu apoio as mudanças, afinal, se fosse para fazer as mesmas coisas que o Dorival, não precisava ter trocado de comando. Mas é preciso cuidado com os detalhes. Logo de cara já vi “problemas” com a entrada do Cueva e a manutenção do Militão em uma formação, digamos, “ofensiva” pelos lados do campo.
Que o Aguirre faça um bom trabalho e que caia o tabu da Arena da Baixada, para que possamos adquirir confiança e seguir. É o semestre de sobrevivência e passar dos caras é fundamental para as nossas pretensões futuras.
Pra cima!
Dúvidas ou reclamações?
@Abroliveira ou [email protected]
Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente.