GloboEsporte.com
André Hernan e Marcelo Hazan
Tricolor não descarta conversar caso haja propostas. Situação divide opiniões internamente
O São Paulo não recebeu propostas por Diego Souza, mas não se fecha para uma eventual saída, dependendo da negociação. O Vasco fez umasondagem e posteriormente desistiu por considerar os valores altos. O Tricolor investiu R$ 10 milhões no jogador de 32 anos.
Diego Souza divide opiniões nos bastidores do São Paulo. Internamente, há quem acredite na recuperação do atleta, como o coordenador Ricardo Rocha (veja mais abaixo). Outros enxergam a saída como uma opção e consideram difícil a retomada do meia-atacante no clube, principalmente após a marca negativa com a torcida pela atuação contra o Corinthians, nas semifinais do Paulistão.
O atleta foi cortado por Diego Aguirre e sequer viajou para a Argentina, onde o São Paulo enfrenta o Rosario Central, nesta quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Gigante Arroyito, pelo duelo de ida do mata-mata da primeira fase da Copa Sul-Americana. Aos poucos, ele foi perdendo espaço com o treinador.
– O São Paulo é muito grande. Claro que a gente espera mais. Acredito na recuperação do jogador. Gosto do Diego Souza. Às vezes você não está em um bom momento, recua um pouco e depois adianta. A vida é assim. É saber o momento do recuo. O Diego teve várias chances no começo da temporada e se criou uma expectativa. Claro que ele precisa de tempo de jogo, mas Aguirre chegou e acha que ainda não está bem 100%. É uma opção do treinador e tem de respeitar – disse Ricardo Rocha, em entrevista ao GloboEsporte.com.
– Mas acredito nele. São três meses. É muito pouco tempo. Claro, vai depender dele também: “Não, sou o Diego Souza, quero jogar e tenho condições. Vou me preparar”. Estamos aqui para ajudar. Quem escala é o treinador. O Diego foi uma boa contratação do São Paulo – completou.
O Tricolor admite que o rendimento de Diego Souza está abaixo do esperado. A avaliação é de que falta intensidade tanto nos treinos quanto nos jogos.
– Intensidade e as vezes posicioná-lo melhor no campo. Às vezes só culpam o treinador, mas isso é um conjunto geral de se conversar, analisar e dele querer mais. A gente entender mais o posicionamento dele em campo. Acho também que ele tem de se definir. Às vezes: “Vamos colocar de centroavante ou de meia”. Acho isso ruim. Pode até ser um centroavante se precisar, mas é meia. A posição dele é meia-atacante. Tudo isso é normal e faz parte. É tudo muito cedo. Houve a chegada de um novo treinador, mas o Diego tem um potencial enorme e, particularmente, confio na recuperação dele – disse Ricardo.
Após o corte do duelo contra o Rosário Central, a comissão técnica espera uma reação de Diego Souza. A medida foi uma espécie de ultimato, embora só sejam permitidos sete jogadores no banco de reservas na Sul-Americana, diferentemente dos 12 das competições nacionais.
– Outra coisa: as vezes as contratações dão certo e outras não. Faz parte do jogo, mas é muito cedo. É outro time e situação, mas o Borja é um exemplo. Claro que é estrangeiro e a adaptação é mais difícil, mas acreditamos. Não nos baseamos nisso (exemplo do Borja), mas têm muitos jogadores que fizeram uma temporada ruim e na outra melhoraram. Não esperamos isso do Diego Souza. Esperamos que ele se recupere logo. Confiamos nele e na recuperação. Tem liderança e é um jogador importante. Demonstrou onde foi a bola que sabe jogar. Então vamos aguardar – disse Ricardo Rocha.
O contrato de Diego Souza com o São Paulo é válido até dezembro de 2019.