Conhecido por fazer rodízio para aproveitar ao máximo o elenco que tem, o treinador uruguaio utilizou 27 jogadores diferentes em dez partidas à frente do Tricolor até agora
Sidão; Militão, Arboleda e Rodrigo Caio; Régis, Jucilei, Petros e Liziero; Marcos Guilherme, Nenê e Tréllez. Com uma possível variação no esquema, alternando três ou quatro jogadores na linha defensiva, essa é a base do São Paulo de Diego Aguirre na análise dos dez jogos do time sob o comando do técnico.
Até agora, o uruguaio tem mantido sua tradição de fazer um rodízio, mexendo frequentemente na formação para usar ao máximo o elenco que tem à disposição. Em dez partidas, 27 jogadores diferentes foram utilizados pelo treinador. Mas fica clara uma espécie de espinha dorsal.
Neste período à frente do Tricolor paulista, Diego Aguirre acumulou três vitórias, quatro empates e três derrotas, com um aproveitamento de 43,3% dos pontos que disputou. Foi eliminado na semifinal do Campeonato Paulista e na quarta fase da Copa do Brasil, empatou fora de casa diante do Rosario Central na ida da primeira fase da Copa Sul-Americana e está em sétimo lugar após três rodadas no Brasileiro, com cinco pontos somados.
O LANCE! analisa caso a caso dos que são, até agora, os preferidos de Aguirre:
Sidão
O goleiro atuou em nove dos dez jogos do time com o técnico uruguaio. Só ficou fora da estreia de Aguirre, na derrota por 1 a 0 para o São Caetano, pelas quartas de final do Paulista, em 17 de março, porque ainda se recuperava de lesão muscular.
Militão
O jogador de 20 anos é o único que foi titular em todos os dez jogos de Aguirre no clube. É um dos trunfos do técnico para mudar o esquema durante a partida, já que pode atuar como lateral-direita, em uma linha defensiva com quatro jogadores, ou fazer parte de um trio de zagueiros. Mas não deve ter sequência: as dificuldades para renovar seu contrato, que acaba em janeiro, o colocam na mira de times europeus no segundo semestre.
Arboleda
O zagueiro equatoriano vive seu melhor momento no São Paulo sob o comando do uruguaio. Com Aguirre, atuou em nove jogos, ficando fora somente quando foi poupado pelo técnico, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, visando a partida contra o Atlético-PR, pela Copa do Brasil, três dias depois. É o dono da posição.
Rodrigo Caio
É o titular da base de Aguirre com menos partidas: seis. Mas só ficou no banco uma vez, no segundo jogo da semifinal do Paulista, contra o Corinthians, porque tinha acabado de voltar da Europa, onde estava a serviço da Seleção Brasileira. Fora esse jogo, foram outras duas partidas como desfalque por ter sido convocado por Tite e, no último domingo, não atuou porque se recupera de entorse no pé esquerdo.
Régis
Sem condições jogar no Paulista, pois já tinha atuado no torneio pelo São Bento, entrou em campo em todas as seis partidas que pôde pelo clube, sendo reserva só em sua estreia, na derrota para o Atlético-PR, pela Copa do Brasil, e quando foi poupado, diante do Ceará, pelo Brasileiro. Podendo jogar nas duas laterais e no meio-campo, também é um dos trunfos de Aguirre para mudar o esquema sem fazer substituições.
Jucilei
É o dono da cabeça de área e, em alguns momentos do jogo, vira até líbero. Esteve em nove das dez partidas com Diego Aguirre, ficando fora somente quando o treinador poupou titulares, na vitória sobre o Paraná na primeira rodada do Campeonato Paulista.
Petros
O volante tem oito partidas com o técnico e é apontado como um dos líderes do elenco, inclusive em campo. Não jogou apenas na vitória sobre o São Caetano no Morumbi, pelo Paulista, quando Aguirre alegou incômodo muscular para deixá-lo no banco, e também quando foi poupado, na estreia da equipe no Brasileiro.
Liziero
O jogador de 20 anos, com contrato recém-renovado com o clube, é um dos pilares da equipe de Diego Aguirre. Tem nove partidas sob o comando do uruguaio. Só ficou no banco na estreia do técnico, mas participando dos minutos finais da derrota para o São Caetano, em 17 de março. E desfalcou somente ao ser um dos poupados na estreia no Brasileiro.
Marcos Guilherme
Foi titular pela última vez apenas no time misto que enfrentou o Paraná, há três jogos. Mas, ainda assim, esteve em sete dos dez jogos com Aguirre, saindo do banco em dois (o último no domingo, diante do Fluminense). Mas vem perdendo espaço porque caiu de produção e o Atlético-PR, dono de seus direitos econômicos, está dificultando a prorrogação de seu empréstimo, que acaba no mês que vem. Deve sair do clube nas próximas semanas.
Nenê
Ele e Militão são os únicos que atuaram nos dez jogos com Aguirre, mas Nenê ficou no banco em duas partidas, sempre para ser poupado (contra Paraná e Ceará, pelo Brasileiro). Tem a confiança do treinador para ser a principal opção ofensiva tanto na criação quanto na finalização, chegando a atuar até como referência no ataque.
Tréllez
O colombiano esteve em oito dos dez jogos com Aguirre, saindo do banco em um deles, diante do Fluminense, no último domingo. O atacante só não jogou na estreia do técnico e ao ser um dos poupados na estreia do Brasileiro. Ganha chance com a sua disposição como trunfo, deixando de ser centroavante para atuar pelos lados, ajudando na marcação.
Valdívia, Bruno Alves e Lucas Fernandes
Na base de Aguirre, o trio são os substitutos mais usados. Eles têm seis jogos cada, mas, diferentemente de Rodrigo Caio, ficaram atrás porque participaram de alguns saindo do banco: Valdívia saiu da reserva para atuar três vezes, Bruno Alves em uma e Lucas Fernandes, cinco. Dos três, Lucas Fernandes foi titular só em uma oportunidade com o uruguaio. Valdívia iniciou três jogos e Bruno Alves, cinco.
FONTE: LANCE