Aguirre crava Diego Souza como 9 do São Paulo e usa Tite para se justificar

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GazetaEsportiva.net

Diego Souza custou R$ 10 milhões aos cofres do São Paulo no início do ano e foi apresentado com a camisa 9. Aos poucos, porém, a expectativa virou desconfiança, até que a má fase do experiente jogador refletiu em um questionamento entre os próprios torcedores: Diego Souza é mesmo centroavante? Para o técnico Diego Aguirre não há dúvida.

“Se me pergunta a posição do Diego Souza primeiro eu poderia perguntar a Tite: por que levou ele de 9? Alguma coisa se vê que tem. O Brasil tem muitos centroavantes no mundo. E Tite levou ele como 9. E coincido 100% com Tite. Ele é 9”, cravou o uruguaio, em entrevista à Rádio Transamérica.

“Quando cheguei, disse que foi uma grande contratação. Estava de reserva e não estava jogando. Se esteve perto de sair ou não eu não sei bem. O que passou, passou. Sempre trabalhou bem, e temos um relacionamento de muito respeito. Voltou a ter chance de jogar. Não importa o que aconteceu. Hoje ele está bem e brigando por um lugar no time como todos. Ninguém tem lugar garantido. Tem de demonstrar”, completou.

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Diego Souza jogou contra o Fluminense e vive expectativa de encarar o Galo, nesse sábado, no Morumbi (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Depois de sequer figurar entre os relacionados nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, Diego Souza voltou a ser titular do São Paulo na última partida, quando o tricolor empatou com o Fluminense por 1 a 1 no Maracanã. Apesar de ter passado em branco novamente, Aguirre esclareceu que não utiliza-lo como meia também é importante para abrir espaço para outras opções no setor.

“Tem de se adaptar à necessidade do time, aos jogadores que tenho. Se joga mais para trás, não joga Nenê ou Cueva. Tenho opções. Com as peças que tenho preciso fazer o melhor. Sei que (Diego Souza) jogava mais para trás, mas agora estamos precisando de 9. O São Paulo, quando o comprou, foi como centroavante. Tite o levou como centroavante. Não há discussão. Vai fazer gol, porque faz gols. Finaliza de forma espetacular. Dentro da área é bom mesmo”, garantiu Aguirre.

 

Outro atleta que tem recebido atenção especial do treinador são-paulino é Brenner. O jovem revelado pelas categorias de base do clube ganhou oportunidade na estreia da equipe no Brasileirão, contra o Paraná, mas não foi bem, acabou sendo substituído e não segurou o choro no banco de reservas. Desde então, Aguirre não utilizou mais o garoto de 18 anos, que deve até ser utilizado em algumas partidas pelo time Sub-20 para não perder ritmo.

“Brenner é um menino. Temos de cuidar dele. É como um filho para mim. Tenho filhas mais velhas do que ele. É um projeto muito bom do clube. Simplesmente achamos que alguns jogadores têm de pegar ritmo de jogo. Competição. Jogador que não joga não cresce. Não melhora. Achamos bom que ele poderia ter alguns minutos e sequência de jogos no sub-20, sua idade, para estar mais perto daqui e para prepará-lo para a seleção brasileira. Ele está convocado”, lembrou o comandante, em referência ao Sul-Americano da categoria.

“Tenho certeza que daqui um ou dois anos será um centroavante espetacular. Mas tem de continuar nesse processo de amadurecimento”, concluiu Diego Aguirre.