Aguirre diz que invencibilidade do São Paulo não basta e revela veto à saída de Shaylon

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GloboEsporte.com

Técnico diz que sequência invicta com poucas vitórias é “estranha” e rasga elogios a autor do gol de empate contra o Bahia.

Após cinco rodadas, o São Paulo é o único invicto do Campeonato Brasileiro, mas Diego Aguirre não está contente. A tabela explica. A equipe é apenas a décima colocada, com uma vitória e quatro empates. O técnico quer se manter invicto, obviamente, mas espera três pontos no clássico do próximo domingo, diante do Santos, para se aproximar dos primeiros lugares.

– O campeonato ainda está no início. É bom não ter perdido fora de casa, mas estou esperando ganhar fora de casa. Não é uma situação para comemorar nada. Não quero estar apenas invicto, quero também estar nas primeiras posições e isso ainda não está acontecendo – afirmou depois do empate por 2 a 2 com o Bahia.

Aguirre Bahia x São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Aguirre Bahia x São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Aguirre também rasgou elogios a Shaylon, que entrou no segundo tempo e empatou o jogo com um belo chute, no ângulo de Douglas, nos acréscimos. O técnico admitiu que a liberação de Cueva para acompanhar o nascimento do filho – de lá ele se apresentará à seleção peruana – abriu espaço para o meia ser relacionado e entrar na partida, e explicou por que disse não à possibilidade de negociá-lo.

– Oportunidades aparecem quando um jogador sai, viaja, se machuca, futebol é assim. A saída do Cueva para a seleção deu espaço ao Shaylon e ele aproveitou. Me perguntaram muitas vezes sobre a possibilidade dele sair, e eu falei que não. Em nenhum momento considerei. Ele trabalha bem, vai ficar conosco e jogar muito ainda.

Veja como foi a entrevista de Diego Aguirre, do São Paulo, após empate com o Bahia

Veja como foi a entrevista de Diego Aguirre, do São Paulo, após empate com o Bahia

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Diego Aguirre:

  • O jogo

– Foi muito difícil, com bons momentos, mas cometemos erros nos dois gols. O Bahia jogou bem e talvez tenha merecido em outras situações, mas os gols foram mais erros nossos do que virtudes deles. Temos que melhroar. Valorizo o espírito do time, que nunca deixou de lugar. Tentamos reverter a situação e o empate foi valioso. Não gosto de comemorar empates, mas quando acontece no último minuto é positivo.

  • Shaylon

– Quero valorizar o Shaylon. Quando acabou o jogo eu fui para dentro do campo e disse a ele: “Você merece”. É um menino espetacular, trabalha desde o primeiro dia em silêncio, um profissional excelente. Eu falo muito sobre oportunidades, ele agarrou essa, disse que está aqui. Ganhamos um jogador.

  • Invencibilidade com poucas vitórias

– É estranho (são oito jogos sem derrotas, com seis empates e duas vitórias). Eu dou valor a não perder, mas, por outro lado, não estou contente. Temos que seguir trabalhando e tentar ganhar o próximo jogo. O Campeonato Brasileiro deve ser o mais difícil do mundo, os 20 clubes jogam bem, lutam, são fortes. Estamos numa posição que parece distante, mas a somente três pontos do líder. Temos que acreditar, trabalhar, ter calma e ganhar para se aproximar dos primeiros lugares.