Análise: os cinco fatores que comprovam a evolução do São Paulo no Brasileirão

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GloboEsporte.com

Carlos Augusto Ferrari

Tricolor assume a liderança provisória após bater Botafogo e segue invicto.

Ainda é cedo para prever o futuro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, mas não dá para negar a melhora da equipe nas últimas partidas com o técnico Diego Aguirre. A vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, quarta-feira, no Morumbi, resume bem o atual momento.

O time apático do início da temporada mudou de cara. Está longe de ser brilhante ou até mesmo indicar que brigará por títulos. Mas a chegada à liderança provisória (o Flamengo voltará para o primeiro lugar se vencer o Bahia, nesta quinta, no Maracanã) acalma a torcida após momentos instáveis e serve de ânimo para o clássico de sábado contra o Palmeiras.

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É bem verdade que o inexistente pênalti de Igor Rabello em Everton marcado pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio dois minutos depois de o Botafogo abrir o placar possa ter mudado o jogo. Cinco características apresentadas pelo Tricolor na partida, porém, mostram que o time melhorou bastante. Veja abaixo:

Reação imediata

A torcida do São Paulo cansou de ver o time se abater após sofrer um gol. Contra o Botafogo, a postura foi outra. O Tricolor imediatamente saiu para cima do adversário com jogadas rápidas e bem trabalhadas pelos lados, principalmente pela esquerda com Edimar, Everton, Nenê e a aproximação de Petros.

Torcida do São Paulo na vitória sobre o Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Torcida do São Paulo na vitória sobre o Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Capacidade ofensiva

O trio formado por Everton, Nenê e Diego Souza tem funcionado muito bem. O São Paulo deixou de ser um time previsível e pouco criativo e passou jogar de forma bem mais envolvente. Mesmo com o Botafogo fechado na defesa, a equipe criou oportunidades em sequência e já desceu para os vestiários vencendo por 3 a 1.

Faltou apenas aproveitar melhor os contra-ataques no segundo tempo para decidir o jogo de uma vez por todas. Marcos Guilherme, Valdívia e Everton tiveram boas oportunidades e desperdiçaram.

Diego Souza comemora o gol marcado diante do Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Diego Souza comemora o gol marcado diante do Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Consistência defensiva

Ainda não é o ideal, mas Aguirre conseguiu dar mais compactação ao São Paulo. Isso significa atuar com jogadores mais próximos no campo, diminuindo os espaços dos rivais. Régis teve dificuldade na marcação no início da partida. O Tricolor melhorou depois de sofrer o gol e passou boa parte do segundo tempo sem sofrer sustos.

O técnico uruguaio terá de trabalhar mais as bolas paradas. Foi exatamente assim que o Botafogo levou perigo na etapa final. Marcos Vinicius acertou o travessão de cabeça. Pouco depois, o baixinho Pimpão ganhou pelo alto e marcou. Foram dez minutos de apreensão, mas o time carioca não pressionou para tentar empatar.

Ligadão

Da falta de raça a torcida, agora, não pode reclamar. Tem sobrado disposição ao São Paulo, brigando por todos os lances na defesa e no ataque. Até mesmo a queda de ritmo no segundo tempo, como tanto aconteceu nos primeiros meses de temporada, desapareceu. Para continuar com a equipe assim, Aguirre precisará ampliar seu rodízio de jogadores, sobretudo por conta do calendário apertado. Titulares absolutos e decisivos, Diego Souza e Nenê são quem mais preocupam fisicamente.

Melhores momentos: São Paulo 3 x 2 Botafogo pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro

Melhores momentos: São Paulo 3 x 2 Botafogo pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro

Números

Depois de uma vitória e quatro empates seguidos, o São Paulo embalou. Foram três resultados positivos consecutivos (Santos, América-MG e Botafogo). São 16 pontos, 13 gols marcados, oito sofridos e a liderança do Brasileirão. No ano passado, nesta mesma rodada, o Tricolor estava em 14º lugar, com apenas dez pontos – três vitórias, um empate e quatro derrotas.