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As vaias da torcida do São Paulo após o monótono empate sem gols com o Internacional foram justas. A afirmação é do técnico Diego Aguirre, para quem o time tricolor não merecia vencer a partida disputada no Morumbi, durante a fria noite desta terça-feira, e válida pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.
“As vaias foram merecidas porque não foi um jogo bom. A expectative era alta, porque se enfrentaram dois times grandes. Mas é difícil, eles também estavam cansados. Isso tira a intensidade do jogo, perde o espetáculo”, afirmou o treinador uruguaio, em entrevista coletiva.
Com um time repleto de reservas, o São Paulo foi melhor no primeiro tempo, quando chegou perto do gol em chutes de Liziero e Reinaldo. Na etapa complementar, contudo, os gaúchos foram ligeiramente superiores e assustaram duas vezes com Leandro Damião. Ambos os técnicos fizeram as três alterações que tinham de direito, mas elas não surtiram o efeito desejado.
“Não foi um bom jogo. O empate foi justo. Eu esperava mais do São Paulo, que propusesse mais o jogo. Não merecíamos a vitória. Não posso ficar chateado com isso. Não jogamos como todos queríamos. Temos de assumer que, quando não se pode ganhar, é bom não perder. Temos de buscar for a os pontos que deixamos em casa”, avaliou.
Aguirre, no entanto, também citou o calendário nacional e os vários desfalques como fatores preponderantes para a baixa qualidade técnica do duelo disputado no Morumbi. Nesta noite, o comandante não pôde contar com 11 jogadores, entre eles os titulares Nenê, Bruno Alves e Hudson, além de Jucilei, que foi poupado.
“Quando se joga tantos jogos a cada três dias, é muito difícil que o time mantenha o nível de intensidade, porque tem desfalques, jogadores que machucam, cartões. O ritmo não pode ser o mesmo. Os jogadores estão sofrendo dentro de campo. É o quarto jogo em 12 dias. É difícil que um time repita boas atuações quando se perde intensidade”, lamentou.
Por fim, ao contrário do que fizeram Diego Souza e Everton, Aguirre preferiu não tecer críticas ao árbitro Paulo Roberto Alves Júnior, que, na visão dos atletas, teria exagerado no número de faltas marcadas a favor da equipe colorada.
“Não falo de arbitragem, porque confio nela. Sinto que podem errar, como eu erro ou um jogador erra. Dificilmente eu falo de arbitragem. É uma coisa que prefiro não fazer”, concluiu.
Com 17 pontos ganhos, o São Paulo assumiu provisoriamente a vice-liderança, mas pode perdê-la no complemento da rodada. O próximo compromisso será o confronto com o Atlético-PR, no sábado, às 16 horas (de Brasília), na Arena da Baixada.