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Leandro Canônico
Meia fez falta ao sistema ofensivo do Tricolor; Aguirre precisa formar um substituto.
A ausência de Nenê, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, descaracterizou o São Paulo no empate por 0 a 0 com o Internacional, na noite de terça-feira, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Ficou clara a dependência que o time tem do bom momento do meia de 36 anos.
Diego Aguirre tinha duas opções para o lugar de Nenê: Lucas Fernandes e Shaylon. O primeiro iniciou a partida como titular e depois deu lugar ao outro no decorrer do segundo tempo. Os dois, no entanto, não deram ao time o ritmo que o meia titular dá. Everton e Diego Souza sentiram muito isso.
Os dois tiveram dificuldade na criação de jogadas e ficaram isolados em muitos momentos. Everton, por sinal, já tinha ido mal contra o Palmeiras. E nesta terça-feira teve nova atuação abaixo da média. Diego Souza, por sua vez, sofreu ainda mais. Como centroavante, praticamente não foi acionado.
Deixando de lado a ausência de Nenê, Diego Aguirre pecou ao escalar Tréllez como ponta. O atacante foi muito mal pelos lados do campo. Começou pela esquerda e depois foi para a direita, trocando de lado com Everton. Ficou claro que o colombiano não é um jogador para começar como titular.
O que salvou o São Paulo de uma derrota no Morumbi foi a atuação do seu sistema defensivo e a má partida do adversário. Apesar de alguns momentos de baixa, a zaga manteve a média de bons jogos.
Se a derrota para o Palmeiras, no último sábado, foi considerada “normal” por Aguirre, o empate em casa contra o Inter foi anormal. Para chegar ao objetivo traçado até a parada para a Copa do Mundo, de ficar entre os quatro primeiros a, no máximo, três pontos do líder, é preciso pontuar fora de casa.
E o próximo desafio é no sábado, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, estádio onde o São Paulo jamais venceu. A volta de Nenê, nesse caso, dá um panorama melhor para o Tricolor. Com o meia, a tendência é que a identidade do time volte a ficar visível.
Mas fica a missão para Aguirre: treinar um substituto para o meia de 36 anos, porque é bem provável que seja necessário. E Cueva não deve voltar depois da Copa do Mundo.