Análise: derrota no clássico só terá sido “normal” se São Paulo voltar a vencer logo

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GloboEsporte.com

Mateus Benato

De preferência, já na terça-feira… Aguirre tem segunda missão pela frente no Brasileirão.

Na virada desta nona para a décima rodada, o Campeonato Brasileiro terá passado por seu primeiro quarto, pela metade do primeiro turno. Diante do que tem acontecido nos últimos anos, a campanha do São Paulo é de boa para cima. Na melhor das hipóteses, o Tricolor continuará na segunda colocação da tabela. Na pior, cairá para a sexta, de um a quatro pontos atrás do líder.

Isto posto, faz sentido o técnico Diego Aguirre tentar dar um tom de normalidade à derrota por 3 a 1 para o Palmeiras, na noite de sábado. Apesar do retrospecto horripilante na arena rival – sete derrotas, com 21 gols contra e apenas quatro pró –, foi a primeira vez que o São Paulo saiu de campo neste Brasileirão sem somar ao menos um ponto.

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A preocupação de Aguirre parece evidente: a primeira derrota em nove jogos não pode atrapalhar a caminhada tricolor até a parada para a Copa do Mundo. O uruguaio, que comanda o São Paulo há menos de três meses, considera esse tempo fundamental para treinar o time.

Até lá, faltam três jogos: Internacional (próxima terça-feira, no Morumbi), Atlético-PR (outro sábado, na Arena da Baixada, onde o São Paulo também nunca venceu) e Vitória (outra terça, de novo em casa).

Melhores momentos de Palmeiras 3 x 1 São Paulo pela 9ª rodada do Brasileirão 2018

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E fazer o time reagir à perda da invencibilidade será a segunda missão de Aguirre no Brasileirão. Lembra qual foi a primeira?

Depois da vitória na estreia, sobre o Paraná, o São Paulo emendou uma sequência de quatro empates – com Ceará, Fluminense, Atlético-MG e Bahia.

– Não quero estar apenas invicto, quero também estar nas primeiras posições, e isso ainda não está acontecendo – tinha afirmado Aguirre, em Salvador.

Depois aconteceu… O São Paulo venceu três jogos seguidos – contra Santos, América-MG e Botafogo – e colou na ponta da tabela.

– Falta muito, mas o começo tem sido bom. Temos de continuar trabalhando, porque o time vai entrosando, vai melhorando – disse o técnico na quarta-feira passada.

No clássico, Diego Aguirre devolve a bola para o campo, com Roger Machado ao fundo (Foto: Marcos Ribolli)

No clássico, Diego Aguirre devolve a bola para o campo, com Roger Machado ao fundo (Foto: Marcos Ribolli)

Indiscutivelmente, o São Paulo de Aguirre é competitivo, o que definitivamente não era o time de Dorival Júnior, demitido na reta final do Paulistão. Por isso, perder o clássico é normal, como insistiu o técnico, mas voltar a vencer, de preferência já na terça-feira, ainda mais no Morumbi, é fundamental.

Para isso, além de superar dois defalques certos (Nenê e Bruno Alves) e outro provável (Hudson), o São Paulo tem que corrigir problemas que voltaram a aparecer no clássico, como:

  • as falhas individuais, como as de Sidão, Reinaldo e Militão nos gols do Palmeiras;
  • a queda de intensidade do primeiro para o segundo tempo, como destacou Bruno Alves;
  • a perda de concentração, que fez o time levar três gols em 15 minutos, como explicou Nenê.

Os três jogos até a Copa do Mundo mostrarão para que Aguirre treinará o São Paulo entre junho e julho: se para fazer apenas um bom papel no Brasileirão, quem sabe conquistando uma vaga na Libertadores, ou se para disputar o título nacional.