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- Rubens Chiri/saopaulofc.net
Os equatorianos Arboleda, à esquerda, e Joao Rojas defendem o São Paulo
A contratação do equatoriano Joao Rojas reforça uma tendência do São Paulo nas últimas temporadas. Neste período, Tricolor é o clube do Brasil que mais aposta no mercado sul-americano. Nos últimos dois anos, nenhuma outra equipe fechou mais contratações de jogadores oriundos de clubes estrangeiros do continente do que o time do Morumbi.
Além do atacante, que defendia o Talleres, da Argentina, o São Paulo trouxe outros seis atletas que estavam países vizinhos desde o segundo semestre de 2016. Neste período, Julio Buffarini veio do San Lorenzo-ARG; Andrés Chávez do Boca Juniors-ARG; Thomaz do Jorge Wilstermann, da Bolívia; Jonatan Gómez do Santa Fé, da Colômbia; Robert Arboleda do Universidad Católica, do Equador; e Gonzalo Carneiro do Defensor Sporting, do Uruguai
Tal postura do departamento de futebol do São Paulo tem algumas explicações. O poder econômico destas equipes estrangeiras, em geral, é inferior ao dos brasileiros. Por isso, o Tricolor precisa investir menos para trazer um jogador com padrão de seleção nacional e fazer um bom negócio.
Nos últimos anos, o São Paulo também contou com treinadores estrangeiros ou que estudavam o mercado internacional. Em 2016, o argentino Edgardo Bauza não escondia a sua preferência por jogadores que fossem compatriotas ou que ele conhecesse muito bem. Rogério Ceni acompanhava os jogos de equipes de países vizinhos e, desta maneira, encantou-se por Thomaz e Arboleda, por exemplo.
Neste ano, o São Paulo é dirigido pelo uruguaio Diego Aguirre. Além de obviamente ser especialista no futebol de seu país, ele tem a experiência de jogar ou treinar equipes do Chile, da Bolívia, Equador e Argentina. No caso de Joao Rojas, por exemplo, o atacante recebeu o aval do treinador, que trabalhou no San Lorenzo-ARG no ano passado.