De artilheiro a inativo: o balanço dos reforços do São Paulo em 2018

1476

GazetaEsportiva.net

Assim como os outros clubes da primeira divisão nacional, o São Paulo desfruta do recesso decorrente da Copa do Mundo para recuperar as energias após um primeiro semestre agitado. Foram 36 jogos disputados, entre Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-Americana.

Para os primeiros seis meses do ano, o Tricolor trouxe nove reforços e trocou de técnico ao demitir Dorival Júnior e acertar com Diego Aguirre. O meia-atacante Joao Rojas, anunciado na última sexta-feira, foi o décimo jogador a ser contratado pelo clube na temporada e não entra nessa conta.

Publicidade

E o status de cada um desses nove jogadores difere no momento: há aqueles que se firmaram na equipe, os que deram a volta por cima e os que não conseguem sair da condição de reserva. Há casos em que o atleta nem sequer estreou (Gonzalo Carneiro) e de quem já deixou o clube (Valdívia).

Abaixo, veja o resumo do primeiro semestre dos reforços do São Paulo:

Jean (seis jogos)
Investimento de R$ 6 milhões, o ex-goleiro do Bahia chegou a fazer seis partidas seguidas pelo Tricolor. A oportunidade surgiu com uma lesão de Sidão, que recuperou a titularidade depois que Jean falhou na derrota para o São Caetano, pelas quartas de final do Paulistão, em duelo que marcou a estreia de Aguirre.

No entanto, após seu concorrente cometer erros nas últimas rodadas do Brasileirão, o camisa 1 vive a expectativa de ganhar novas chances na volta da Copa do Mundo.

Diego Souza (27 jogos – oito gols – uma assistência)
Chegando para ser o centroavante do time e se manter no radar de Tite, o camisa 9 conviveu com problemas de adaptação nos primeiros meses do ano e não rendeu o esperado neste período.

Sem conseguir ajudar como referência no ataque, passou a frequentar o banco de reservas e não foi lembrado na lista de convocados para o Mundial da Rússia. Cogitou uma transferência para o Vasco, mas uma conversa com Aguirre o fez mudar de ideia.

Motivado, se mostrou mais participativo em campo e marcou cinco gols em cinco jogos consecutivos, firmando-se de vez entre os titulares.

Anderson Martins (11 jogos)
Vive a sua melhor fase no clube. Chegou com o status de titular, mas sofreu com lesões que o deixaram inativo por meses. Recuperado de dores na região cervical, ganhou uma sequência de quatro jogos seguidos e atualmente é visto por Aguirre como o melhor zagueiro do elenco.

 

Nenê (29 jogos – 10 gols – três assistências)
É até o momento o reforço de melhor custo-benefício para o São Paulo. Vindo de graça após rescindir contrato com o Vasco, o meia de 36 anos chegou sob desconfiança pela idade e não foi bem aproveitado por Dorival, com quem tinha de ajudar na marcação.

Com a chegada de Aguirre, passou a atuar mais centralizado e subiu de produção. Homem da bola parada tricolor, se tornou o artilheiro isolado do time na temporada, com 10 gols. Para a tranquilidade da torcida, não pensa em voltar ao chamado “Mundo Árabe”.

Para além de sua importância dentro de campo, o veterano ajuda a tornar o ambiente no clube mais saudável. Não raro é visto no CT da Barra Funda brincando com seus inseparáveis amigos Diego Souza, Reinaldo e Everton.

Tréllez (21 jogos – três gols)
Contratado junto ao Vitória por R$ 6 milhões, o centroavante não conseguiu aproveitar a pior fase de Diego Souza para se firmar no time titular. Apesar da condição de reserva, fruto da falta de pontaria, o colombiano é frequentemente acionado no segundo tempo das partidas e costuma dar trabalho aos defensores por seu vigor físico.

Valdívia (21 jogos – três gols – duas assistências)
Emprestado até dezembro pelo Internacional, teve um início bastante promissor, sobretudo sob o comando de Dorival Júnior, com quem era titular. No entanto, após a chegada de Aguirre e uma lesão na coxa esquerda, o meia-atacante caiu de rendimento e perdeu espaço na equipe.

Já com o status de reserva, foi liberado pelo clube para analisar uma proposta do saudita Al-Ittihad. Após gostar do que ouviu dos árabes, assinou contrato de empréstimo por uma temporada, com possibilidade de compra. Ele ainda pertence ao Internacional, mas não deve voltar a atuar no clube gaúcho.

Régis (10 jogos)
Após realizar boas apresentações pelo São Bento no Paulistão, Régis acertou com o Tricolor até abril de 2019. Considerado um lateral direito ofensivo, ganhou oportunidades de Aguirre sobretudo no esquema com três zagueiros, em que atuava como ala. No entanto, conforme o treinador foi abandonando o 3-4-3, ele passou a ser menos utilizado.

Aos 29 anos, Régis acumula 10 partidas pelo São Paulo, sendo sete como titular. Sua última aparição se deu na vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, em 30 de maio. Com menos espaço no time, não foi relacionado para as últimas quatro partidas (Palmeiras, Internacional, Atlético-PR e Vitória). Por problemas pessoais, teve o seu contrato com o clube suspenso e deixou de integrar o elenco tricolor até a questão ser resolvida.

 

Everton (11 jogos – três gols – quatro assistências)
Reforço mais caro da temporada, custou R$ 15 milhões aos cofres do São Paulo, que não se arrependeu do investimento. Tímido fora de campo, o meia-atacante vem se mostrando desenvolto dentro das quatro linhas.

Rápido e com bom cruzamento, o ex-Flamengo firmou-se rapidamente no time titular e virou peça essencial no ataque tricolor. Tanto que Diego Souza atribuiu a ele a sua volta por cima no clube.

Gonzalo Carneiro (ainda não estreou)
Contratado no início de abril junto ao Defensor-URU, o centroavante chegou em meio ao processo de recuperação de uma pubalgia que o afasta dos gramados desde novembro. Apresentando desequilíbrio muscular, o jogador tem uma carga de treinos diferenciada, tendo de realizar atividades físicas à parte quando necessário.

Considerado um dos atacantes mais promissores do futebol uruguaio, o atleta de 22 anos ainda não tem uma data de estreia estipulada, mas a tendência é que seja relacionado para os primeiros compromissos do time após a Copa do Mundo.