São Paulo: Com gol de Nenê, São Paulo quebra tabu histórico e complica o Atlético-PR

284

UOL

O São Paulo quebrou um dos maiores tabus de sua história. Pela primeira vez desde a fundação da Arena da Baixada, em 1999, o Tricolor derrotou o Atlético-PR na casa do adversário. O triunfo por 1 a 0 foi construído no segundo tempo, com gol de Nenê, de pênalti, e deixa o adversário em situação complicada no Campeonato Brasileiro. Sob vaias, a torcida paranaense pediu a queda de Fernando Diniz.

O resultado fez o São Paulo passar a somar 20 pontos na tabela de classificação e assumir, ao menos temporariamente, a vice-liderança. Já o Atlético-PR se mantém na zona do rebaixamento com nove pontos. Na próxima jornada, a última antes da parada para a Copa do Mundo, o Tricolor paulista recebe o Vitória, na terça-feira (12), no Morumbi. Já o Furacão joga fora de casa contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (13).

Publicidade

Até a partida deste sábado, as duas equipes já tinham se enfrentado na Arena da Baixada em 18 partidas, com 13 vitórias dos donos da casa e cinco empates. Antes, o último triunfo do São Paulo em Curitiba havia sido em 1982 (3 a 1), no estádio Couto Pereira.

Torcida única

Por decisão do Ministério Público do Paraná, o jogo deveria ter apenas a presença de torcedores do Atlético-PR. No entanto, os são-paulinos tinham a liberdade de comprar ingressos para ver a partida, mas sem entrar com artigos do clube, como camiseta e bandeiras. Para ter mais tranquilidade, os tricolores ficaram juntos em um setor do estádio.

Reforços

Diego Aguirre pôde contar com quase todos os jogadores de seu elenco. Hudson, recuperado de contratura na coxa direita, Nenê e Bruno Alves, que cumpriram suspensão automática na rodada anterior, voltaram ao time titular.

Equilíbrio

Mesmo fora de casa, o São Paulo não adotou uma postura defensiva e partiu para o ataque durante o primeiro tempo. A equipe até conseguiu criar algumas boas jogadas, principalmente com o trio Nenê, Diego Souza e Everton. Em um contragolpe, por exemplo, Everton quase abriu o placar em chute cruzado.

Chutes de longa distância

O Atlético-PR não teve medo de arriscar de fora da área. Quando tinha a oportunidade, os donos da casa finalizavam ou tentavam os cruzamentos, quase sempre com Carleto. Em um destes chutes, Pablo obrigou Sidão a fazer a defesa.

Jogo acelerado

As duas equipes partiram para o ataque no segundo tempo e alternaram bons momentos. O São Paulo, porém, era mais objetivo e deu bastante trabalho para o goleiro Santos. De cabeça, Diego Souza quase fez o seu logo no começo da etapa.

Pênalti e gol tricolor

A defesa do Atlético-PR colaborou com os são-paulinos. Bruno Guimarães se atrapalhou na saída de bola e Everton invadiu a área. O meia atacante tricolor foi derrubado na área e Anderson Daronco anotou o pênalti. Nenê não se importou com a catimba de Carleto e bateu rasteiro. Santos até acertou o canto, mas a bola entrou.

Nenê, o melhor

O meia-atacante do São Paulo voltou ao time em grande estilo. Após cumprir suspensão, ele ajudou o Tricolor a imprimir o seu ritmo na Arena da Baixada. Soube cadenciar o jogo, arriscou chutes de longa distância e fez o gol de pênalti.

Bruno Guimarães, o pior

O defensor fazia uma apresentação regular. Porém, falhou feio e permitiu que o São Paulo abrisse o placar, em pênalti.

Ficha técnica

Atlético-PR 0 x 1 São Paulo

Data: 9/6/2018
Local: Arena da Baixada, em Curitiba
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Elio Nepomuceno de Andrade Junior e Jorge Eduardo Bernardi, ambos do Rio Grande do Sul
Cartões amarelos: Bersgson, Camacho e Raphael Veiga (Atlético-PR); Jucilei, Hudson e Nenê (São Paulo)
Gol: Nenê aos 16 minutos do segundo tempo

Atlético-PR: Santos; Wanderson (Guilherme), Thiago Heleno, Bruno Guimarães; Marcinho, Camacho, Lucho González (Pavez) e Carleto; Raphael Veiga, Bergson e Pablo (Bill). Técnico: Fernando Diniz.

São Paulo: Sidão; Militão, Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo; Jucilei, Hudson e Araruna (Petros); Nenê (Lucas Fernandes), Diego Souza (Tréllez) e Everton. Técnico: Diego Aguirre