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Leandro Canônico
Meia é o principal responsável pela evolução do Tricolor nesta temporada.
Quem vê Nenê sair de campo ovacionado pela torcida do São Paulo, como no triunfo de terça-feira sobre o Vitória, pode não lembrar, mas sua contratação não foi aprovada pelo então técnico Dorival Júnior. Só que a trajetória do meia no Tricolor mudou completamente sob o comando de Aguirre.
O uruguaio bancou Nenê como titular e fez do meia o maestro do time no Campeonato Brasileiro. A comparação dos números do camisa 7 com cada um dos treinadores (incluindo a passagem de André Jardine como interino) ajuda a mostrar isso.
Nenê com Dorival Júnior
- 9 jogos
- 5 como titular
- 4 como reserva
- 2 gols
Nenê com o interino André Jardine
- 1 jogo como titular
- nenhum gol
Nenê com Diego Aguirre
- 19 jogos
- 17 como titular
- 2 como reserva
- 8 gols
Depois da vitória de terça-feira, Nenê falou sobre o bom momento do São Paulo, que terminou essa primeira parte do Brasileirão, antes da pausa para a Copa do Mundo, com 23 pontos e fica, no mínimo, na terceira colocação. Dependendo dos resultados desta quarta-feira, pode ser vice-líder.
– Com certeza está na nossa mente a briga pela liderança. Temos de continuar com humildade, temos muito a melhorar, mas cumprimos a nossa meta nessa etapa. Era vital para gente ir tranquilo para essa parada – comentou Nenê.
Veja abaixo por que Nenê se tornou a estrela do Tricolor:
Cérebro do time
Sob o comando de Diego Aguirre, Nenê tem total liberdade para ser o principal articulador das jogadas. E o esquema montado pelo uruguaio beneficia o estilo de jogo do camisa 7, com muita habilidade e velocidade. Os principais lances de perigo do time têm Nenê envolvido.
Artilheiro da temporada
Com dez gols em 29 jogos pelo São Paulo, Nenê é o homem da bola parada do Tricolor (são quatro gols de pênalti e um de falta). Mas ele também tem aparecido com perigo na grande área e utiliza do bom poder de finalização para arriscar de fora da área também.
Parceria com Everton e Diego Souza
Nenê, claramente, ajudou na recuperação de Diego Souza e na adaptação de Everton ao São Paulo. Mas os dois também colaboraram para o crescimento do camisa 7 na temporada. Tanto que dos 18 gols marcados pelo Tricolor no Brasileirão, apenas em dois nenhum deles teve participação.
Ambiente tranquilo
Não é só dentro de campo que Nenê tem feito a diferença. Nos bastidores, o meia também tem atuação importante com os demais jogadores. Ele tem sido um elo entre todos no grupo, e o clima está bom entre os jogadores. Os resultados têm ajudado, claro.
Recuperação física
Aos 36 anos, Nenê toma cuidados especiais para manter a forma física e o forte ritmo nas partidas. O meia faz um tratamento para a recuperação de fibras após os jogos com um aparelho que dá choques no corpo. Ele faz isso desde os tempos de Vasco.