Reviravolta faz com que time do São Paulo se veja como protagonista

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar

Desde o tricampeonato Brasileiro, entre 2006 e 2008, o São Paulo tenta se reencontrar. O título da Copa Sul-Americana em 2012 não refletiu em uma reação mais ampla e sólida, como se imaginou que poderia acontecer. Atualmente o clube carrega a pressão para voltar a ser protagonista e, principalmente, campeão. São seis anos de jejum de taças e um sentimento ferido por fracassos recentes em embates contra os maiores rivais, além de frustrantes campanhas que no máximo atingiram o objetivo de manter a equipe na elite do futebol brasileiro.

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As decepções se repetiram no início da temporada de 2018. As quedas no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil mantiveram o clima pesado e desgastado. Nesse ritmo, a expectativa nunca chegou a ser verdadeiramente otimista para o Campeonato Brasileiro. Foi então, talvez quando menos se esperava, que tudo mudou.

O São Paulo, aos poucos, entre erros e acertos, encontrou um padrão de jogo dentro do estilo do técnico Diego Aguirre, passou a endurecer os jogos e emendar vitórias. Ainda não se sabe se 2018 terminará como um ano de redenção ou de nova decepção, mas é fato, palpável, que o ambiente sofreu um choque. Às vésperas do reinício dos campeonatos, o elenco está confiante, a torcida empolgada e a comissão técnica segura e otimista. Não é exagero dizer que São Paulo não vive um cenário tão favorável desde a Libertadores de 2016.

“(O São Paulo) é um time que preocupa. Somos fortes no Morumbi, evoluímos em conseguir pontos fora de casa. Não é um campeonato novo, não. É uma sequência. É importante também as equipes saberem aproveitar esse período de treinamentos. Essa reta final é muito mais importante do que o começo. Mas, o começo dá confiança. O São Paulo estava precisando de confiança”, comentou o volante Hudson.

“Todo mundo tem que ser um time a ser batido. A gente está conquistando algumas coisas, algum respeito que faltava ano passado. Acho que isso aumenta a nossa responsabilidade. Saber que todo mundo pensa em ganhar da gente é uma responsabilidade a mais”, completou o goleiro Sidão.

Terceiro colocado no Brasileirão, com 23 pontos, quatro atrás do Flamengo, e com apenas um revés na campanha faz com que o sonho do hepta volte a ser real na cabeça dos são-paulinos. A sequência dura contra o Rubro-negro Carioca, além de Corinthians, Grêmio e Cruzeiro, em sequência, em outrora poderia causar desespero. Agora, é vista como a oportunidade para se alcançar a liderança e, quem sabe, disparar na tabela de classificação.

“Temos de estar bem preparados. Se a gente estiver focado, a gente consegue fazer um bom jogo contra o Flamengo”, alertou Diego Souza, sempre ponderado e bem diferente do companheiro Nenê, esse sim sem vergonha de demonstrar toda sua ansiedade.

“É grande a saudade de jogar bola, de ganhar, de ver estádio cheio. É o que a gente ama. Eu sou apaixonado pelo que faço. Vai demorar para começar o campeonato, mas, beleza”, disse o camisa 7, que agora deve ter a companhia de Joao Rojas no ataque tricolor. “Esse é um ponto muito importante, manter a base, e ainda poder ser reforçar. Mostra que o São Paulo está pensando alto. Muito importante isso”, resumiu o veterano.