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Com uma campanha convincente, o São Paulo mostra que está no caminho para o heptacampeonato.
Ser campeão do primeiro turno é apenas simbólico, desdenharão todos os torcedores rivais do São Paulo, o campeão do primeiro turno.
É verdade. Importa mesmo chegar à frente no fim do segundo.
Poucas vezes, porém, a simbologia ultrapassa o feito como agora, por significar a redenção de um clube que vinha amargando maus resultados na última década, eliminado no meio da semana passada da Copa Sul-Americana pelo inexpressivo Colón argentino.
No ano passado, o campeão do turno Corinthians pintava como campeão brasileiro porque estava oito pontos à frente do segundo colocado. E não deu outra. Era também uma situação mais que simbólica, porque concretíssima.
Hoje o São Paulo está apenas três pontos adiante do Inter, outro gigante ressuscitado ao sair da Série B para o topo da tabela na Série A.
Quadro bem diferente, ainda mais porque Everton e companhia jogarão contra o Colorado no Beira-Rio, na 29ª rodada.
O Inter, aliás, só jogará fora de casa diante dos melhores times do campeonato contra o Cruzeiro.
De resto, Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Galo, além do São Paulo, terão de ir ao Beira-Rio.
Tudo isso para dizer que um time como o Tricolor, derrotado apenas duas vezes até aqui, por Palmeiras e Grêmio, e fora de casa, se não chega a ser “o” favorito ao título, é candidatíssimo à taça.
O São Paulo está onde está graças ao trabalho do triunvirato Raí/Lugano/Ricardo Rocha, obrigatório, e acaciano, lembrar.
O time está longe de ser a sétima maravilha do mundo, o treinador uruguaio Diego Aguirre não é exatamente um adepto do futebol bonito, mas os resultados apareceram e a terceira maior torcida brasileira o tem respaldado em peso nos jogos no Morumbi.
É possível que quando dezembro chegar o são-paulino agradeça aos céus as eliminações tanto da Copa do Brasil quanto da Sul-Americana. Assim, como para o Inter, o Campeonato Brasileiro é só e tudo com que o time, dos veteranos Nenê e Diego Souza, tem de se preocupar.
Como se sabe, um refresco que Flamengo, Grêmio, Palmeiras, outros candidatos, não têm, pelo menos por enquanto.
O chamado “Clube da Fé”, mais que nunca, ou como sempre, tem por que acreditar.