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André Hernan e Leandro Canônico
Anunciado de surpresa durante a pausa para Copa do Mundo, equatoriano rapidamente se adaptou.
Na noite do dia 22 de junho, o site oficial do São Paulo anunciou: o equatoriano Joao Rojas reforça o Tricolor. Não houve especulação prévia, novela na negociação… nada! Tanto que a contratação do meia-atacante causou surpresa. Afinal, não era um nome conhecido dos brasileiros.
Mas o uruguaio Diego Aguirre sabia bem quem era Joao Rojas. E contou com fundamental ajuda de uma rede de informantes no Talleres, da Argentina, clube que o jogador defendeu antes de acertar com o Tricolor um contrato até 31 de julho de 2020.
– Quando indicamos o Rojas foi porque conseguimos informações muito boas de jogadores que estavam com ele na Argentina. Falei com pessoas de confiança. E com isso fomos diminuindo os riscos de não dar certo. Mas também fiquei surpreso com a rápida adaptação – falou Aguirre.
Titular absoluto do São Paulo no pós-Copa do Mundo, Rojas chamou a atenção pela velocidade e habilidade. Impressionou em suas primeiras partidas e logo conquistou a torcida. Mas quais foram as informações que chegarem até os ouvidos do técnico?
Por indicação de um amigo argentino, o técnico do São Paulo passou a observar Rojas no Talleres, de Córdoba. Nesse período, Aguirre descobriu que tinha amigos que atuavam ao lado do jogador no time: o uruguaio Junior Arias e o argentino Guiñazu, conhecido dos brasileiros, por exemplo.
– Ele me ligou para perguntar como era o Joao. É uma figuraça! Alegre, sempre com sorriso. Tem todo estilo brasileiro, mesmo sendo equatoriano. Ele está no futebol em que vai se dar muito bem. É muito rápido, vai ajudar muito o São Paulo – opinou o ex-volante de Inter e Vasco.
– Quando ele me perguntou sobre o Joao Rojas, eu disse que era um bom jogador, que ajudava muito ao time, habiloso, rápido e que ele não iria se arrepender. Sem dúvidas quando você tem conhecimento de um companheiro você pode dar a melhor referência – falou Junior Arias.
A visão de Rojas
Embora tenha feito um gol em 25 jogos pelo Talleres, Rojas ficou tranquilo quando soube que o São Paulo havia buscado referências dele com companheiros do clube argentino. Isso porque acreditava ter deixado boa impressão, algo referendado por Guiñazu e Arias. No entanto, ele admitiu surpresa quando recebeu contato do técnico Diego Aguirre.
– Lembro que estava em casa dormindo no Equador. Houve uma ligação, e era o treinador do São Paulo. Meu agente havia dito que iriam me ligar, mas acredito que não dormi muito bem depois que atendi a ligação. Sabia que era importante, era a oportunidade de falar com o técnico do São Paulo e vir para cá. Recebi da melhor maneira. É algo que motiva. O trabalho rapidamente rendeu frutos e o importante é que graças a Deus estou aqui no São Paulo fazendo o que gosto que é jogar futebol e feliz – disse.
Rojas se adaptou rapidamente ao Tricolor. Os dribles e as jogadas pelos lados do campo chamam a atenção. Mas por que tudo tem acontecido de forma tão veloz?
– O maravilhoso desse grupo é o companheirismo, saber que sempre um está ajudando o outro no que precisa. Em poucos times há essa amizade e esse respeito. Dessa parte é maravilhoso. Depois, em qualquer lugar do mundo, o campo e a bola são iguais. O importante é entrar em campo, sentir a camisa que está vestindo, dar tudo o que tem de si, jogar e desfrutar.
Um dos responsáveis por ajudar o São Paulo a liderar o Brasileirão, com 45 pontos, Rojas soma um gol em 11 partidas. Ele deverá seguir como titular diante do Fluminense, domingo, no Morumbi. Sem Everton, Jucilei e Nene, suspensos, sua importância ofensiva cresce no time. Agora, o desejo é terminar a temporada com a taça.
– O que todos querem: terminar da melhor maneira sendo campeão e reconhecido pelo futebol desenvolvido no São Paulo – disse Rojas.