GloboEsporte.com
André Hernan e Marcelo Hazan
Veja como foi o bate-papo exclusivo com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
O planejamento do São Paulo para 2019 está em andamento e nele há a provável disputa da Taça Libertadores, de acordo com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O Tricolor é o líder do Brasileirão, com 45 pontos, 11 a mais do que o Atlético-MG, último time dentro do G-6 e que garante vaga para a competição continental.
– É natural e é praticamente obrigatório, porque a presença do São Paulo no cenário do futebol inclui os maiores campeonatos, e a Libertadores é um deles. Hoje temos uma possibilidade muito verdadeira, muito real de vir a disputar a Libertadores. Espero que seja na condição de campeão brasileiro, se conseguirmos alcançar esse importante título. Claro que é um planejamento que está presente no nosso dia a dia – disse Leco.
Em entrevista exclusiva, o presidente do São Paulo disse o que significaria conquistar o título do Brasileirão, opinou a respeito da situação de Rodrigo Caio (não joga desde abril após cirurgia no pé esquerdo) e concordou com Diego Aguirre sobre o nível do elenco.
Veja abaixo como foi o bate-papo:
GloboEsporte.com: a janela está no fim e não houve propostas pelo Rodrigo Caio. Como o São Paulo vai lidar com esse jogador, que já foi da Seleção, mas hoje não tem vaga no time?
Leco: Veja, eu acho que ele tem vaga no time. É uma questão de ele começar a se envolver mais para que alcance a condição que os outros três zagueiros (Arboleda, Anderson Martins e Bruno Alves) estão tendo. O Aguirre faz um rodízio. E o caso do Rodrigo é indiscutivelmente adequado a isso. Quer dizer: o Rodrigo vai enriquecer ainda mais essa possibilidade, com a perspectiva também de poder vir a atuar como primeiro volante, posição de origem dele.
– Ele subiu da base para cá (CT da Barra Funda) nessa posição. Não tenho nenhuma dúvida da enorme qualidade do Rodrigo. Não sem razão foi convocado várias vezes pela seleção principal, foi campeão olímpico. Então temos o maior respeito por ele. Certo de que, passadas essas dificuldades com problemas de lesão, volta naturalmente à exuberância da sua qualidade técnica.
Já parou para pensar o quanto seria importante para sua gestão a conquista do Brasileirão?
– Será muito grande, maiúsculo como conquista. Mas mais do que tudo, expressivo na medida em que demonstra que situações difíceis como aquelas que encontramos, aquelas dificuldades que nós vivemos, as superações que foram sendo feitas e chegar a uma condição de disputar o título Brasileiro e ter perspectiva de ganhá-lo… Isso é especial.
– É prova cabal de que é possível desde que se lide com isso, desde que o trabalho seja feito e bem feito. O São Paulo está seguro, e aí não falo de mim mesmo, mas sim de toda a estrutura, está trabalhando muito seriamente para atuar protagonizando sempre nas melhores condições.
O que o São Paulo ganharia recebendo a abertura da Copa América no Morumbi?
– Não existe nada concreto e desenvolvido que me autorize a responder nesse tipo de detalhamento que você pretende. Se o São Paulo puder contribuir, será muito honroso e vamos trabalhar para conseguir isso. A perspectiva e possibilidade existem, mas ainda tudo embrionário, fruto de um trabalho que eu não teria condições de adiantar nada agora.
Aguirre disse que está satisfeito com elenco e não precisa de mais reforços. Concorda? Como vê essa declaração?
– Acho muito positivo, porque o São Paulo perdeu neste ano cinco jogadores importantes: Valdívia e Marcos Guilherme, emprestados, e que por circunstâncias negociais acabaram não ficando, e Cueva, Petros e Militão, negociados. Mas o São Paulo quando negociou todos esses jogadores já tinha pronta a montagem do elenco e a devida reposição.
– As reposições estavam feitas e não causou absolutamente nenhum abalo, redução de qualidade. Ao contrário: sem que represente desconsideração a quem saiu, grandes os que saíram, grandes os que ficaram, e o São Paulo felizmente está muito bem. O São Paulo conseguiu estabelecer aquilo que é fundamental e é o nosso maior desejo: o São Paulo tem hoje identidade.